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Finkel marca fim de maratona de nadadores e périplo pelo planeta em 40 dias

Vitor Silva / SSPress
João de Lucca em ação no Troféu José Finkel, na piscina do Pinheiros imagem: Vitor Silva / SSPress

Fábio Aleixo

Do UOL, em São Paulo

Três competições diferentes em três continentes distintos, milhares de quilômetros viajados pelo planeta e muitas braçadas nas piscinas. No próximo sábado, terá fim para os principais nadadores brasileiros uma extenuante maratona, que começou em Toronto (CAN), passou por Kazan (RUS) e está em sua reta final em São Paulo. 

Entre o início das provas de natação no Pan ao fim do Troféu José Finkel - com um Mundial no meio - terão se passado apenas 39 dias. Dias estes de pouco descanso e muito esforço. 

"Este é um ano no qual estamos trabalhando bastante, e com três competições relevantes. O Pan é muito importante para o COB (Comitê) Olímpico do Brasil) porque a natação dá muitas medalhas ao país, o Mundial é importante para os patrocinadores que nos cobram bastante e no Finkel competimos pelos nossos clubes. É muito desgastante e vejo que esta semana será a mais dura de todas. Chegamos de Kazan na quinta e o fuso horário está todo bagunçado", afirmou Leonardo de Deus, campeão dos 200m borboleta no Pan de Toronto.  

"Já fazia parte da nossa programação, mas realmente eu não esperava que fosse ser tão puxado como tem sido. E para complicar ainda mais, peguei uma virose", disse João de Lucca, que no Pan de Toronto faturou três medalhas de ouro. 

"Não é facil. Mas estou encarando isso como um aprendizado. Preciso saber como é nadar estando cansada, longe da minha melhor forma. Faz parte do crescimento. Prefiro pensar pelo lado positivo", afirmou Larissa Oliveira. 

Diante deste panorama, é muito difícil que os atletas consigam melhorar as marcas feitas no ano até o momento.

"Dificilmente eu vá ganhar posições no ranking mundial. Mas em uma hora como essa, você deixa de nadar pensando em si. Pensa no clube, em bater na frente", afirmou Joanna Maranhão. 

O cansaço já faz atletas repensarem as provas que disputarão no Finkel. Ouro nos 100m costas no Pan e prata nos 50m costas no Mundial de Kazan, Etiene Medeiros, do Sesi-SP, resolveu abrir mão da disputa dos 100m costas em São Paulo para focar apenas as provas de 50m.

Thiago Pereira não caiu na piscina para os 100m costas apesar de estar inscrito e afirmou que ainda não sabe em quais revezamentos defenderá o Minas Tênis Clube. Confirmado até agora está apenas nos 100m borboleta e nos 200m e 400m medley. 

"Ainda nem parei para pensar direito como será o Finkel. Vim de um batidão direto, com Pan depois a aclimatação em Portugal, Kazan. Está puxado. Minha rotina dentro dessa semana é essa, fora alguns revezamentos, que a gente ainda não armou. Vou ter um prazer imenso de ajudar o time nesta briga contra o Pinheiros", disse o nadador.

Encerrado o Finkel, os nadadores irão descansar. Tirarão entre uma semana e dez dias sem treinos. Na volta, porém, já iniciarão a preparação para o Open de Palhoça (SC), entre 16 e 19 de dezembro. O torneio será um dos dois considerados pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) para a obtenção de índice olímpico.

"Acabando o Finkel vou tirar duas semaninhas para ficar com a minha família em Volta Redonda, algo que não faço desde o Natal. Depois, já começo a minha preparação para o Open e para o ano que vem. Tem coisas a ser adicionadas na musculação e na água", disse Thiago Pereira.

"Tirarei férias entre aspas. Vou descansar uns dias apenas e depois já retomar com tudo pensando no Open", afirmou Henrique Rodrigues, vencedor dos 200m medley no Pan de Toronto. 

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