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Brasil fica sem finais em último dia de Mundial aquático e não cumpre meta

Al Bello/Getty Images/AFP
Ouro nos 200m peito dos Jogos Pan-Americanos, Thiago Simon nem nadou os 400m medley do Mundial de Kazan imagem: Al Bello/Getty Images/AFP

Guilherme Costa

Do UOL, em Kazan (Rússia)

Os atletas da delegação brasileira não conseguiram cumprir a meta que a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) havia estipulado para o Mundial de esportes aquáticos de Kazan (Rússia). A entidade esperava fechar a participação no torneio com pelo menos 12 finalistas, mas a última esperança de atingir essa meta ruiu neste domingo (09), no último dia do evento.

O Brasil teve quatro chances de emplacar finalistas neste domingo. Na primeira, Thiago Simon sequer nadou a eliminatória dos 400m medley – a prova foi liderada pelo norte-americano Chase Kalisz, que emplacou um 4min11s83.

A explicação da CBDA para Simon ter ficado fora da prova é que ele tinha feito uma preparação focada nos Jogos Pan-Americanos, que foram disputados em julho deste ano, e não vinha treinando os 400m medley.

“Ele tem se preparado mais para os 200m peito, e o 400 medley é uma prova que machuca um pouco mais”, ponderou Alberto Silva, o Albertinho, técnico chefe da seleção brasileira em Kazan. Ouro nos 200m peito dos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015, Simon não teria nada a disputar em Kazan depois da prova deste domingo.

Simon foi o segundo atleta da equipe verde-amarela a sequer disputar uma prova nos últimos dois dias. No sábado, Guilherme Guido empatou com o espanhol Miguel Ortiz-Canavate na 16ª posição dos 50m costas. Os dois teriam de disputar nova prova apenas entre eles para saber quem avançaria às semifinais, mas o brasileiro não voltou à piscina.

“Ele já tinha nadado os 50m costas e teria de fazer mais uma prova. Se passasse, como a gente acha que passaria, voltaria à piscina à noite para uma semifinal. Olhando para o nível de desgaste que isso proporcionaria e para o que o atleta podia fazer, optamos por deixá-lo fora e priorizar o revezamento 4x100m medley, que valia vaga olímpica”, disse Albertinho.

Neste domingo, o 4x100m medley masculino conseguiu a vaga olímpica. No entanto, falhou em tentativa de ir à decisão da prova – o conjunto fechou a disputa com 3min34s73, décimo tempo da eliminatória. “Não tem muito o que falar. Temos bons índices individuais, mas precisamos nadar mais rápido”, comentou Marcelo Chierighini, responsável pelo nado livre.

A classificação do 4x100m medley masculino para a Olimpíada foi a única boa notícia do Brasil na manhã de Kazan. No feminino, o revezamento fez o 14º tempo (4min03s24) e não conseguiu vaga na Rio-2016 – era preciso ficar entre os 12 primeiros.

O Brasil também esteve na água para disputar o 400m medley feminino, e Joanna Maranhão completou o percurso em 4min44s40 (19º lugar). “Nadei mal. Não tenho nem o que falar. Fiz um tempo que é seis segundos superior ao meu, e aí não tem muita justificativa”, explicou a brasileira.

A natação brasileira fechou sua participação no Mundial de Kazan com dez finalistas e quatro medalhas. O país conquistou três pratas (Etiene Medeiros, Nicholas Santos e Thiago Pereira) e um bronze (Bruno Fratus).

Até hoje, a melhor campanha do Brasil em uma edição de Mundial de esportes aquáticos foi a de Roma (18 finais). Em Barcelona-2013, edição anterior do evento, o país havia emplacado 12 provas decisivas.

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