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EFE

Buvaysa Saytiev celebra o tricampeonato olímpico que o consolida como lenda da luta

Perfil da única brasileira participante

27/08/2008 - 10h11

Rússia amplia 'reinado' na luta com seis ouros em Pequim

Do UOL Esporte

Em São Paulo

Os Jogos Olímpicos de Pequim não poderiam ter acabado de forma melhor para a equipe de luta da Rússia. Com um total de nove medalhas, sendo seis de ouro, três de prata e duas de bronze, o país atingiu seu melhor resultado desde a separação total das nações da União Soviética e confirmou sua soberania na modalidade.

A Rússia sempre liderou o quadro de medalhas na luta. Porém, com o fim da União Soviética, se tornou mais difícil para o país manter a equipe mais vitoriosa do mundo no esporte.

DESEMPENHO DA RÚSSIA NA LUTA
Toshifumi Kitamura/AFP
Saytiev conquistou seu terceiro ouro em Pequim e se igualou a Alexander Medved
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VEJA COMO SAYTIEV LEVOU O OURO

Em 1996, por exemplo, o time nacional disputou sua primeira Olimpíada sem contar com atletas de países como Ucrânia e Uzbequistão. Como resultado, encerrou o campeonato com quatro ouros, somente um a mais que os Estados Unidos, vice-líderes da disputa. Oito anos antes, a União Soviética chegou a levar oito ouros em Seul.

Desta vez, entretanto, a Rússia não deu chance aos seus adversários, ficando bem à frente do vice-líder Japão, com dois ouros. Soberano tanto na luta livre como na greco-romana, o time subiu ao pódio em metade das 18 categorias disputadas. A campanha só não foi superior, pois o país obteve apenas uma medalha entre as mulheres, a prata de Alyona Kartashova.

A nação ainda contou com a consagração de uma lenda do esporte. Buvaysa Saytiev conquistou o tricampeonato olímpico e desta forma se igualou a Alexander Medved (medalha de ouro em 1964, 1968 e 1972), considerado o melhor de todos os tempos na luta livre.

O atleta de 33 anos foi impecável na disputa da categoria até 74 kg. Saytiev teve cinco vitórias, com uma média de 5,5 pontos por cada combate. Na decisão, ele foi bem superior a Soslan Tigiev, do Uzbequistão, mesmo com a medalha de ouro vindo somente após a disputa do terceiro round.

Se por um lado a Rússia contou com atletas já conhecidos se consagrando como Saytiev e também Mavlet Batirov, bicampeão olímpico, o país também cumpriu seu papel em relação à renovação de sua equipe.

Antes desconhecidos do grande público, lutadores como Shirvani Muradov, de 23 anos, e Islam-Beka Albiev, de 19, surpreenderam ao também levar o ouro. Além deles, outros atletas da nova geração também impressionaram como o campeão Nazyr Mankiev, de 23 anos, e o segundo colocado Bakhtiyar Akhmedov, de 21.

Enquanto isso, o Brasil contou com apenas uma lutadora classificada para a competição. Primeira mulher do país a ir às Olimpíadas na luta, Rosângela Conceição, a Zanza, teve uma boa participação em Pequim. Logo em sua estréia, ela encarou a terceira colocada no último Mundial, Olga Zhanibekova, do Cazaquistão. Sem sentir a pressão, a gaúcha obteve vitória tranqüila no round decisivo ao marcar 4 a 0.

Já nas quartas-de-final, Zanza teve mais problemas ao combater a japonesa Kyoko Hamaguchi, pentacampeã mundial. A brasileira encontrou dificuldades com a velocidade da asiática e acabou derrotada após dois rounds. Como sua algoz perdeu a semifinal, Rosângela não teve chances de ir à repescagem brigar pelo bronze.

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