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Ginástica Artística

EFE
Em Pequim, Laís disputou sua segunda Olimpíada

Laís Souza

Laís chegou a ser apontada como maior revelação da ginástica, mas lesões minaram sua carreira

Data de nascimento
13/12/1988
Local de nascimento
Ribeirão Preto (SP)
Residência
Curitiba (PR)
Peso e altura
48,5 kg / 1,56 m
Participação em Pequim
8º lugar por equipes, 26ª nas barras, 36ª no salto, 72ª na trave

Natural de Ribeirão Preto, Laís Souza já foi apontada como a sucessora de Daiane dos Santos e maior revelação da ginástica brasileira. Os Jogos de Pequim, porém, mostraram que a ginasta foi uma esperança de medalhas que não vingou. Laís ficou bem distante das finais dos aparelhos que disputou, inclusive o salto, prova que lhe rendeu resultados expressivos no cenário mundial em anos anteriores.

Por conta de seguidas lesões, a própria paulista já sabia que não alcançaria um pódio nas Olimpíadas. “Meus joelhos estão muito ruins. Uma lesão pode surgir a qualquer momento, como já aconteceu outras vezes. Tenho noção do que posso e não posso fazer. Não acredito em medalhas e estou indo somente para ajudar a equipe”, disse a ginasta no embarque à China.

Laís foi levada à seleção em 2002 pelas mãos do técnico Oleg Ostapenko. O treinador ucraniano havia acabado de chegar ao país para montar a seleção permanente no recém-construído centro de treinamento de Curitiba e descobriu a ginasta enquanto garimpava talentos no Campeonato Brasileiro daquele ano. Laís, então com 14 anos, despertou o interesse do treinador ao conquistar o título nacional adulto no individual geral e no salto.

A ginasta do interior paulista logo se destacou na capital paranaense. Integrou a equipe que foi bronze no Pan de Santo Domingo, em 2003, e nona colocada nos Jogos de Atenas, em 2004, quando ainda tinha 16 anos. Oleg chegou a dizer, após o torneio da Grécia, que Laís poderia ser maior que Daiane e que tinha boas expectativas para ela em Pequim. Mas a poucas semanas dos Jogos, mudou de idéia.

“Ela teve muitas lesões. Uma pena. Ela vai poder ajudar o time, mas nada além disso”, previu o treinador.

Laís viveu a melhor fase de sua carreira entre os anos de 2004 e 2006. No ano olímpico, estreou na Copa do Mundo de ginástica conquistando um bronze no salto. No ano seguinte, foram sete medalhas na competição e, em 2006, mais seis – incluindo a prata e o bronze da Superfinal, em São Paulo.

Em 2007, Laís começou a perder espaço na seleção e assistir à ascensão de Jade Barbosa. A ginasta ainda colecionou três medalhas no Pan do Rio de Janeiro – prata por equipes e bronze no salto e nas paralelas. Foi a última vez que subiu ao pódio.

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