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Boxe

Flávio Florido/UOL
Robenílson passou a estréia, mas caiu nas oitavas

Robenílson Vieira

Pugilista tem um irmão gêmeo chamado Robenílton e brinca que levará o irmão para substituí-lo, quando não der o peso exigido

Data de nascimento
24/09/1987
Local de nascimento
Salvador (BA)
Residência
Santo André (SP)
Peso e altura
51 kg / 1,66 m
Categoria
Mosca
Participação em Pequim
Eliminado - oitavas

Quatro anos após iniciar a sua carreira, o baiano Robenílson Vieira de Jesus alcançou o sonho de todo atleta: ir às Olimpíadas. Para isso, ele teve de superar a frustração de uma queda prematura nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro em sua estréia pela seleção brasileira em uma grande competição.

Para completar, no início de 2008, ele perdeu a vaga de titular para Julião Neto, que teve a chance de disputar o Pré-Olímpico de Trinidad & Tobago, mas fracassou. Robenílson buscou o seu lugar de volta e acabou chamado para a chance derradeira de ir aos Jogos, na disputa do classificatório na Guatemala.

O baiano não desperdiçou a oportunidade e só precisou de duas vitórias para selar a vaga inédita. Na estréia, ele derrotou o nicaragüense Henry Maldonado por 18 a 7, e determinou sua classificação com o triunfo sobre o mexicano Braulio Avila Juarez por 20 a 9.

Em Pequim, Robenílson foi um dos três brasileiros que não ficaram na primeira rodada. Junto a Washington Silva e Paulo Carvalho, ele venceu tranqüilamente na estréia, contra Anuruddha Ratnayake, do Sri Lanka, por 13 a 3. No entanto, a mesma qualidade não apareceu contra Anvar Yunusov, do Tajiquistão. Mais preciso, o rival disparou no placar a partir do segundo assalto e fechou em 12 a 6.

O começo do baiano no boxe foi em 2004, depois que alguns amigos o viram treinando, como uma brincadeira na rua, e o convidaram a lutar em uma academia. Três anos mais tarde, ele conseguiu a classificação para os Jogos Pan-Americanos depois de vencer a Copa Éder Jofre, último torneio classificatório. Até 2006, o baiano era reserva do titular Giliard Paulino na seleção brasileira.

Com 20 anos, ele foi para São Paulo em 2007 para morar em Santo André, junto de toda a equipe nacional. Mas não esconde a saudade da terra natal. "Na Bahia é melhor de treinar. Tem mais técnico. É menos corrido", conta Robenílson, com corpo franzino e com uma fala bem característica do Nordeste.

Apesar de se despedir em Pequim, o pugilista de apenas 20 anos tem chances de voltar a representar o Brasil no futuro, subindo no ringue em Londres-2012.