Grazi

Enfrentou dificuldades, como tantos outros atletas brasileiros para seguir na carreira e contou com a ajuda de amigos para treinar

A confirmação de que estaria no grupo de Paulo Bassul para a disputa das Olimpíadas chegou apenas na última hora. O treinador anunciou sua presença no dia do embarque da equipe para Pequim, devido a contusão de Érika nos playoffs da WNBA. Grazi, no entanto, foi discreta ao substituir uma das principais jogadoras do grupo, anotando apenas 4 pontos, uma assistência e 3 rebotes nas duas partidas que disputou.

O basquete feminino do Brasil deixou Pequim-2008 como penúltimo colocado. Esta foi a primeira Olimpíada disputada por Grazi, que tem uma história recente com a seleção. Sua primeira convocação foi em 2005, quando disputou o Campeonato Sul-Americano na Colômbia, vencido pelo Brasil, e a Copa América na República Dominicana.

Na primeira competição, o Brasil foi campeão, mas Grazi ficou apagada. Já na segunda, embora a seleção tenha amargado o vice, a pivô saiu prestigiada com a boa campanha que fez. Mesmo depois de um período sem atuar por alguma competição oficial na seleção, foi uma das escolhidas pelo então treinador Barbosa, para disputar o Pan no Rio-2007.

Desde então, Grazi esteve presente nas principais competições antes dos Jogos de Pequim, como o Torneio Pré-Olímpico das Américas – o primeiro sob o comando de Paulo Bassul -, e o Torneio Pré-Olímpico Mundial, que classificou a seleção para a disputa das Olimpíadas. A última medalha brasileira no basquete feminino foi o bronze nos Jogos de Sydney 2000.

O basquete significa mais que conquistas ou possíveis medalhas para a paulistana. A jogadora enfrentou dificuldades para seguir na carreira, como tantos outros atletas brasileiros. Sem incentivo, precisou da ajuda de amigos, inclusive para treinar. O profissionalismo trouxe a realização de sonhos como a compra de um apartamento e o tratamento fisioterápico para a sua mãe.

Atualmente, Grazi disputa a liga húngara pelo Mizo Pecs. A pivô esteve ainda na Itália, jogando pelo Penta Faenza. No Brasil, fez carreira principalmente no Estado de São Paulo, quando jogou em Guarulhos, Bauru, Jundiaí e São Caetano. Passou ainda pelo Uberaba de Minas Gerais, porém sem nenhum título conquistado.