Êga

Teve um ótimo momento quando participou de forma brilhante em mais um título brasileiro num Sul-Americano

A ala/pivô Êga esteve entre as titulares da seleção durante a camapanha mal-sucedida de Pequim-2008. Atuando como pivô, a brasileira se mostrou combativa, mas com eficiência limitada. Adrianinha, armadora de 1,70 m, fez mais rebotes que a paranaense no garrafão brasileiro.

Êga teve sua primeira chance numa competição oficial somente aos 24 anos, quando foi convocada para a disputa do Campeonato Sul-Americano, em 2001, no Peru. O Brasil foi o campeão e Êga anotou 48 pontos em 7 jogos. A jogadora se diz orgulhosa de ter saído do interior do Paraná, na fronteira com a Argentina, onde cresceu, e hoje integrar a seleção.

A ala/pivô teve discreta participação no Pan-Americano de Santo Domingo em 2003. Embora o Brasil tenha conquistado o bronze, na ocasião, a pivô recebeu poucas oportunidades e nos três jogos que participou, marcou apenas oito pontos. Mesmo com uma boa participação no Sul-Americano do Equador, quando o Brasil foi mais uma vez campeão, acabou ficando de fora dos Jogos de Atenas, no ano seguinte.

No ano que sucedeu as Olimpíadas, porém, teve um ótimo momento quando participou de forma brilhante em mais um título brasileiro num Sul-Americano, desta vez na Colômbia, anotando 72 pontos em 6 jogos. Além disso, foi bem na Copa América disputada na República Dominicana. A competição era classificatória para o Mundial que seria disputado em 2006 em São Paulo e a pivô garantiu presença na competição.

Foi justamente no mundial, que a atleta se firmou na seleção, quando participou de 9 jogos e fez 59 pontos, contribuindo com o quarto lugar da seleção. O detalhe dessa campanha, todavia, foi o de que Ega assegurou sua vaga no elenco apenas nos momentos finais de definição do treinador Barbosa. E não só se manteve como pôde mostrar boa parte de suas interessantes características para desbancar a veterana Cíntia Tuiu no time titular.

Devidamente ambientada à seleção, a já experiente jogadora teve outra boa participação com a seleção na conquista da medalha de prata no Pan-Americano do Rio de Janeiro e mesmo com a mudança de treinador - Paulo Bassul é o novo técnico - Êga segue prestigiada e disputará a sua primeira olimpíada em Pequim.

Curiosamente, porém, a atleta terá um pequeno problema com o seu uniforme para a disputa dos Jogos. Por achar seu nome, Soeli, muito sério, solicitou que fosse inscrito o seu apelido. Diante da negação da federação, pediu camisetas a mais, sem nome e em solo chinês vai procurar um local que imprima a alcunha.