Olimpíadas 2016

Após fracasso na Rio-16, Brasil anunciará em dezembro a meta para Tóquio-20

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Marcus Vinicius Freire, diretor do COB, pretende anunciar em dezembro a meta do país para 2020 imagem: AFP PHOTO / YASUYOSHI CHIBA

Guilherme Costa e Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

O Brasil não atingiu na Rio-2016 a meta esportiva que havia sido proposta pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil), mas já começou a pensar no que vai ter como objetivo daqui a quatro anos. A entidade iniciou avaliações das confederações nacionais e pretende anunciar até dezembro um novo plano de pódios almejados para os Jogos Olímpicos de 2020, que serão realizados em Tóquio.

A meta de medalhas do Brasil para 2020 vai depender basicamente de três fatores: análise do atual estágio de cada confederação esportiva do país, perspectivas dessas entidades para o próximo ciclo olímpico e planos para as cinco modalidades que foram adicionadas ao programa dos Jogos. As Olimpíadas de Tóquio terão beisebol, caratê, escalada, skate e surfe como novidades em relação às disputas da Rio-2016.

“Em relação a Tóquio, vamos sentar com as confederações e rever nossa posição em função de terem entrado mais cinco confederações. Até o fim do ano, vamos apresentar uma nova divisão de recursos e as metas para 2020”, confirmou Marcus Vinicius Freire, 53, diretor-executivo de esportes do COB.

Antes da Rio-2016, a entidade havia estabelecido meta de inserir o Brasil entre os dez primeiros colocados na classificação orientada pelo total de medalhas. Para isso, estimou que o país precisaria recolher algo entre 23 e 27 pódios. O Canadá, décimo colocado dos Jogos, conseguiu 22.

O Brasil encerrou sua participação na Rio-2016 com 19 láureas, na 12ª posição do quadro organizado pelo total de medalhas. Foi a melhor participação do país em Jogos Olímpicos, superando os 17 pódios angariados em Londres-2012, mas a evolução foi insuficiente para cumprir a meta definida pelo COB.

Por isso, a primeira medida do COB tem sido uma revisão do que funcionou e do que não deu certo nos Jogos. Essa análise será feita em conversas com cada confederação – os primeiros contatos já foram feitos. Não há prazo para essa discussão ser concluída.

Também pesará para a definição de uma meta para Tóquio a questão logística. O COB espera da próxima edição olímpica uma realidade similar ao que o país encontrou em Pequim-2008, com longos voos e problemas de fuso horário. Por isso, dirigentes locais já estiveram pelo menos duas vezes no país asiático e começaram a estudar questões logísticas na região.

A prioridade do COB em Tóquio, em termos cronológicos, é a vela. A entidade já começou a prospectar locais que podem servir para acomodação da modalidade e pretende iniciar o quanto antes uma análise sobre as condições climáticas da área.

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