Olimpíadas 2016

Atualizada em 22.08.2016 14h12

Canadá atinge meta pretendida pelo Brasil gastando muito menos

Julio Cortez/AP Photo
Canadense Rosannah MacLennan foi ouro na ginástica de trampolim imagem: Julio Cortez/AP Photo

Daniel Brito

Do UOL, no Rio de Janeiro

O Canadá ocupou o posto desejado pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) no quadro de medalha extraoficial: 10º colocado em contagem pelo total de pódios - no quadro oficial, em que os ouros valem mais, a delegação da América do Norte ficou em 22º lugar, nove posições atrás do Brasil).

Os canadenses foram 22 vezes ao pódio, três a mais que o Brasil. Com um detalhe: gastando menos que os anfitriões. O Comitê Olímpico do Canadá anunciou que cerca de C$ 105 milhões (dólares canadenses) foram investidos para que a delegação alcançasse este desempenho - cerca de R$ 260 milhões.

Uma comparação rápida com os recursos empregados pelo COB na preparação olímpica, a entidade brasileira injetou R$ 985 milhões desde 2010, uma média de R$ 164 milhões por ano, de acordo com levantamento do UOL Esporte. Isso se levarmos em consideração apenas os recursos da Lei Piva - que destina percentual da premiação das loterias federais ao comitê nacional.

O montante gasto pelos canadenses no período de quatro anos é quase a mesma quantia que o COB recebeu da Lei Piva somente em 2015. O comitê foi contemplado com inéditos R$ 244 milhões da loteria no exercício anterior.

Interessante constatar que o investimento dos canadenses neste ciclo coincide com a realização dos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015. No evento multidisciplinar realizado no ano passado os anfitriões obtiveram outro resultado marcante, de 78 medalhas de ouro entre as 218 que faturaram.

A meta do COB era chegar ao top 10 olímpico de total de medalhas com 23 a 28 medalhas. Mas a realidade mostrou-se diferente para o comitê brasileiro: os atletas da casa chegaram 19 vezes ao pódio, que o põe na 13ª colocação na soma de medalhas (e também em 13º no quadro oficial pelos sete ouros).

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