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Sem bater meta, Nuzman diz que Brasil tem dever cumprido na Rio-2016

Taís Vilela/UOL
Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio-2016 e do COB imagem: Taís Vilela/UOL

Guilherme Costa e Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

A despeito não ter atingido a meta proposta para a Rio-2016, que era ficar entre os dez primeiros colocados em tabela orientada pelo número total de medalhas, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) classificou como “dever cumprido” a participação do Brasil nos Jogos Olímpicos deste ano. Os argumentos da entidade para enaltecer o desempenho esportivo do país no evento foram baseados em quatro fatores: número de finais alcançadas, quantidade de atletas que ficaram entre quarto e quinto, diversificação de nações que frequentaram o pódio e o recorde de ouros registrado pelos brasileiros.

Com 19 pódios (sete ouros, seis pratas e seis bronzes), o Brasil ficou na 13ª colocação em número total de medalhas na Olimpíada. O país também superou em casa o recorde de ouros - cinco (Atenas-2004) - e de total de pódios - 17 (Londres-2012).

“Queria dizer que nós temos dever cumprido. Um dever cumprido numa Olimpíada que tem características que temos sentido há um tempo: a diversificação de resultados por continentes ou países. Países que ganharam medalhas pela primeira vez na história, independentemente de ser ouro, prata ou bronze. Se vocês pegarem os números dos primeiros, vão ver que é abaixo do que eles vinham conquistando. Os Jogos Olímpicos têm trazido universalidade de forma muito intensa”, disse Nuzman em entrevista coletiva.

Segundo estimativa do COB, o décimo lugar no quadro de medalhas da Rio-2016 seria de um país que amealhasse algo em torno de 23 ou 27 pódios. O Brasil conseguiu 19, e o Canadá, que ficou com a posição que os dirigentes nacionais almejavam, conseguiu 22.

“A meta foi difícil e ousada. Saltar de 16º lugar para o décimo não era fácil, mas era factível. Tanto era factível que ficamos a três medalhas da meta. A diferença é que os outros países estão há vários quadriênios fazendo o investimento que fizemos nos últimos anos. Precisamos de mais tempo com esse modelo para continuar crescendo. O número de finais e a disseminação vão nos levar a ser uma potência olímpica”, argumentou Marcus Vinicius Freire, diretor-executivo de esportes do COB.

A ideia proposta pelo dirigente para enaltecer o desempenho do Brasil na Rio-2016 é alicerçada em dois aspectos: o país cresceu em número de finais e diversificou seu número de medalhistas. Pela primeira vez na história, o número de modalidades que chegou ao pódio passou de dois dígitos – foram 12.

“Todo mundo que fica no top 10 ganha de 12 modalidades para cima”, apontou Freire, que também celebrou o número de brasileiros que se aproximaram do pódio: “Ficamos entre o quarto e o quinto lugar em 17 modalidades. Esse aumento da cesta é o principal sinal de que o futuro vai ser ainda melhor”.

Se Nuzman alegou dificuldade para coletar pódios em um cenário tão diversificado e Freire preferiu argumentar com número de finais e quantidade de brasileiros que ficaram perto do pódio, Bernard Rajzman, chefe de missão do Brasil nos Jogos, enalteceu o número de vezes em que o país coletou ouros. Foram sete conquistas dos donos da casa na Rio-2016, algo inédito na história dos Jogos: "Antes tínhamos resultados que as medalhas de bronze eram muitas, poucas de prata e pouquíssimas de ouro. Hoje isso se inverteu".

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Já o chefe da missão brasileira na Rio-2016, Bernard Rajzman, chamou atenção para o alto número de medalhas de ouro conquistadas pelo país - foram sete no total, um recorde na história dos Jogos.

"Antes tínhamos resultados em que as medalhas de bronze eram muitas, poucas de prata e pouquíssimas de ouro. Hoje isso se inverteu. Acho que o sentimento que contagia todos os brasileiros hoje é de orgulho", afirmou.

 

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