Ouro e fora de vexames, Neymar muda de status na seleção como rei de finais
A ausência de Neymar por diferentes razões foi uma marca nos momentos ruins da seleção brasileira desde a Copa do Mundo de 2014. A presença dele nos Jogos Olímpicos indicou que o caminho pode ser melhor para o Brasil se o principal jogador estiver por perto. Em especial, nas finais.
Com o gol na decisão de domingo contra a Alemanha e o título olímpico pela primeira vez, Neymar soma mais um item em seu cartel de participações decisivas em finais. Ele já marcou e foi campeão nas finais de Paulista, Libertadores, Copa do Brasil, Recopa, Copa das Confederações, Copa do Rei, Supercopa da Espanha e Liga dos Campeões.
Com 24 anos e todo um caminho ainda a percorrer, Neymar já tem poucos títulos inéditos a conquistar, e certamente a Copa América e a Copa do Mundo estão entre eles. Mesmo assim, como jogador decisivo e de relação de muita sinergia com o Maracanã nos dois títulos lá conquistados pelo Brasil, o camisa 10 também muda de status em consequência da participação no Rio de Janeiro.
Ausente por lesão no 7 a 1 há dois anos, por suspensão na Copa América 2015 e por falta de liberação na Copa América 2016, Neymar foi figura presente em todos os momentos da Olimpíada. Eleito capitão logo de cara, mostrou que estava disposto a virar a página de frustrações recentes para escrever uma nova história. Apesar de momentos de descontrole e alguma cobrança, nunca perdeu o apoio e a reverência da grande parte dos colegas, em especial do treinador.
O respaldo e a admiração que teve de Rogério Micale agora se transfere para Tite, que terá sob seu comando um jogador em novo momento. Agora sem a braçadeira de capitão, conforme indicou após a conquista do ouro, Neymar fica também mais leve. Exceto pela bagagem, 500 gramas mais pesadas com o acréscimo da medalha vencida no Maracanã.
