Olimpíadas 2016

Governo escala Exército para fazer segurança da tocha olímpica

Rio 2016/André Mourão
O ex-zagueiro Márcio Santos cdesfila com a tocha olímpica cercado de agentes da Força Nacional imagem: Rio 2016/André Mourão

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

Após tentativas de apagamento da tocha olímpica durante sua passagem pelo país, o governo federal autorizou o uso das Forças Armadas para a segurança do desfile do objeto-símbolo da Olimpíada até o Rio. O Ministério da Defesa publicou nesta quinta-feira (14) uma portaria sobre a atuação de militares no revezamento da tocha.

De acordo com o documento, assinado pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, a responsabilidade inicial pela proteção do revezamento da tocha é das forças de segurança regulares. O documento ressalta, porém, que as Forças Armadas podem ser empregadas casos autoridades achem necessário, atuando como contingência.

A portaria publicada nesta quinta-feira determina também que militares atuem na prevenção de ataques químicos, biológicos ou nucleares durante o desfile da tocha. Determina ainda que os agentes das Forças Armadas trabalhem contra possíveis ataques terroristas durante o evento.

A segurança do revezamento da tocha olímpica já recebeu o reforço da Força Nacional de Segurança, corporação subordinada ao Ministério da Justiça e que reúne policiais de vários Estados do país. Agentes da Força Nacional, entretanto, ameaçaram na quarta-feira (13) abandonar a segurança da Olimpíada por conta da falta de pagamento de diárias de viagem por conta das más condições de trabalho.

A tocha olímpica chegou ao Brasil em maio e, desde então, desfila por cidades brasileiras. Durante sua viagem, manifestantes já tentaram apagar a chama olímpica pelo menos três vezes. Duas pessoas chegaram a ser presas em flagrante acusadas de dano ao patrimônio público.

A tocha está no Paraná, já viajando rumo ao Rio de Janeiro. Nesta quinta-feira, ela passará por São José dos Pinhais e Curitiba.

Polêmica com morte de onça Juma

Escalado para a segurança do revezamento da tocha, o Exército foi centro de uma das maiores polêmicas relacionadas ao desfile do objeto. Em junho, quando a tocha passava pelo Amazonas, militares expuseram uma onça chamada Juma acorrentada em um evento público. Depois, a onça tentou escapar e acabou abatida por militares.

O fato gerou grande repercussão e comoção. Uma investigação foi aberta para apurar responsabilidades. O Comitê Organizador Rio-2016 reconheceu que foi um erro autorizar a exposição da onça durante a passagem da tocha olímpica.

 

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