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Governo dá ajuda de última hora e libera R$ 19 mi a atletas para a Rio-2016

Divulgação / World Archery
Marcus Vinicius D'Almeida, brasileiro do tiro com arco, recebeu aporte financeiro de última hora para os Jogos Olímpicos de 2016 imagem: Divulgação / World Archery

Guilherme Costa e Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

A menos de oito meses do início dos Jogos Olímpicos de 2016, o governo federal resolver acelerar a liberação de recursos voltados à preparação de atletas brasileiros. O Ministério do Esporte montou no final de 2015 uma força-tarefa para analisar pedidos de apoio feitos por esportistas e confederações de esportes olímpicos, e de lá para cá já distribuiu mais de R$ 19,2 milhões visando bons resultados na Rio-2016.

Só nos últimos 30 dias, quatro confederações olímpicas e dois atletas foram diretamente beneficiados pelas liberações. Entre eles estão o arqueiro Marcus Vinicius D’Almeida, de 17 anos, hoje oitavo no ranking mundial de tiro com arco e a CBH (Confederação Brasileira Hipismo), esporte que já rendeu três medalhas olímpicas para o Brasil. Confira lista completa abaixo:

. Atleta Cássio Rippel (Tiro Esportivo): R$ 821 mil
. Atleta Marcus Vinicius D’Almeida (Tiro com Arco): R$ 653 mil
. CBTArco (Confederação Brasileira de Tiro com Arco): R$ 5,4 milhões
. CBH (Confederação Brasileira de Hipismo): R$ 5,8 milhões
. CBHb (Confederação Brasileira de Handebol): R$ 4,3 milhões
. CBTM (Confederação Brasileira de Tênis de Mesa): R$ 2,3 milhão
. TOTAL: R$ 19,2 milhões

“O Marcus Vinicius ganha Bolsa Pódio, que vai diretamente para ele e é de R$ 11 mil por mês. Um atleta que recebe Bolsa Pódio pode fazer um projeto ligado a essa natureza, e eu levei uma proposta ao Ministério do Esporte para ajudá-lo. Apresentamos em 2013, mas não passou. Apresentamos novamente em 2014, mas houve uma demora para a liberação”, contou Eros Fauni, coordenador-técnico da Confederação Brasileira de Tiro com Arco.

Parte do dinheiro destinado a Marcus Vinicius servirá para compra de equipamentos. O restante bancará o estafe do atleta, que treina em Maricá-RJ. Por consequência, portanto, o projeto acabará beneficiando representantes da modalidade que trabalham no local e serão atendidos por esses profissionais.

De acordo com Ministério do Esporte, todos os recursos liberados do final de dezembro para cá já estavam previstos no Plano Brasil Medalha, criado em 2012 justamente para apoiar a preparação de atletas para os Jogos do Rio. Por meio do plano, o governo federal prometeu aplicar R$ 2,5 bilhões em bolsas a esportistas e em infraestrutura esportiva durante os quatro anos do chamado ciclo olímpico da Rio-2016 –R$ 1 bilhão a mais do que o investido no ciclo de Londres-2012.

Acontece que nem todo esse investimento foi feito no ritmo necessário, admite o ministério. Ricardo Leyser, secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento e o responsável pelos programas de apoio aos esportistas, confirmou na semana passada que alguns convênios com entidades esportivas demoraram mais do que o normal para serem analisados pelo governo.

Por isso, complementou ele, é que nos últimos 30 dias, a liberação de recursos tem sido mais intensa. “Fizemos um esforço para acelerar um pouco alguns processos. Alguns estavam um pouco atrasados. No final de dezembro, soltamos uma quantidade grande, mas já estamos num patamar adequado”, disse ele, em visita ao Rio de Janeiro na sexta-feira (15).

Bolsa Atleta regularizado

Leyser também admitiu que os pagamentos do Bolsa Atleta atrasaram no final de 2015. Segundo ele, o Ministério da Fazenda atrasou repasses ao Esporte e isso ocasionou problemas em pagamentos. “Houve um atraso em dezembro. Havia uma expectativa de liberação de recursos do Ministério da Fazenda para o Ministério do Esporte que demorou um pouco mais de 30 dias. Isso gerou uma falha”, explicou.

O secretário ressaltou, porém, que a falha já foi resolvida. Disse ainda que ela não deve se repetir durante o ano olímpica. “No ano passado, o Orçamento foi aprovado mais tarde. O Congresso já aprovou o Orçamento deste ano”, afirmou. “Também houve uma dificuldade de previsão da crise na economia, então até os governos se adaptarem foi mais difícil. Este ano, já sabemos o real patamar da economia. O planejamento tende a ser mais aderente à realidade”.

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