Boicote, algas e tira-teima: o que rolou nos testes olímpicos do feriado
O Rio de Janeiro sediou nesse final de semana mais dois eventos-teste para a Olimpíada. Torneios preparatórios de vôlei de praia e de canoagem foram, respectivamente, a oitava e a nona competições realizadas para aprimorar a organização dos Jogos. Até o início da Rio-2016, 35 eventos-testes ainda acontecerão na cidade.
O teste de vôlei de praia aconteceu na praia de Copacabana e reuniu algumas das melhores duplas do esporte. Já o teste de canoagem foi realizado na Lagoa Rodrigo de Freitas e ficou marcado por um boicote de atletas brasileiros.
Confira abaixo seis fatos mais importantes que aconteceram nos dois testes olímpicos:
1 - Boicote brasileiro
A equipe brasileira de canoa recusou-se a competir no evento-teste da Olimpíada. Alegando falta de pagamento de salários, quatro atletas, entre eles o campeão mundial Isaquias Queiroz, boicotaram o torneio. Antes do início das regatas, os canoístas brasileiros afirmaram estar há oito meses sem receber salários. A Confederação Brasileira de Canoagem rebateu e confirmou os pagamentos. Os esportistas, porém, não disputaram nenhuma prova nas raias que também serão usadas em 2016.
2 - Algas viram problema
As raias olímpicas de canoagem foram criticadas por atletas nacionais e estrangeiros durante o evento-teste. A presença de algas na Lagoa Rodrigo Freitas desagradou os esportistas. As plantas agarraram em remos e dificultaram as remadas. O Comitê Organizador Rio-2016 prometeu intensificar a limpeza do local de competições para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos em 2016.
3- Ex-BBB ‘salva’ o Brasil
Com os principais canoístas brasileiros fora do evento-teste, quem melhor representou o país na Lagoa Rodrigo de Freitas foi ex-BBB e paracanoísta Fernando Fernandes. Tetracampeão mundial, Fernandes conquistou a medalha de ouro na disputa da categoria KL1 masculina. Subiu ao pódio e ouviu o hino nacional cantado pelo público. A equipe brasileira de paracanoagem ainda conquistou outros dois bronzes: Fernando Rufino (KL2 masculino) e Debora Benivides (KL2 feminino).
4- Circuito Mundial volta a Copacabana
Enquanto o torneio de canoagem corria na Lagoa, na praia de Copacabana era realizado o teste de vôlei de praia para a Olimpíada. O evento reuniu 48 duplas e contou como uma etapa do Circuito Mundial da modalidade. O teste, aliás, marcou a volta do circuito ao Rio de Janeiro. Desde 2004, a cidade não recebia uma fase da competição. O público marcou presença e engrandeceu o torneio.
5 - Final brasileira
Duas duplas brasileiras fizeram a final do evento-teste de vôlei de praia. Larissa e Talita venceram Ágatha e Bárbara Seixas por 2 sets a 1 no torneio feminino. No masculino, duplas brasileiras não foram à final. Contudo, os brasileiros Saymon e Guto Carvalhaes disputaram a medalha de bronze contra os compatriotas Alison e Bruno Schmidt. Melhor para Saymon e Guto.
6 - Olho eletrônico em jogo
O evento-teste de vôlei de praia foi a primeira competição da história da modalidade em que o vídeo pôde ser usado por atletas para definição de lances duvidosos. Atletas puderam usar a fermenta a partir das semifinais. Cada dupla teve direito a pedir até dois tira-teimas por set. Seis demandas foram feitas em toda competição. A tecnologia pode ser adotada no torneio olímpico de vôlei de praia.