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23/08/2008 - 16h52

Em meio a comparações, EUA decidem ouro para recuperar o prestígio

Do UOL Esporte
Em São Paulo
Em 1992, a seleção de basquete dos EUA chegou às Olimpíadas de Barcelona com um time formado por astros da NBA como Larry Bird, Magic Johnson e Michael Jordan. Juntos, o trio tinha dez títulos da Liga, milhares de pontos e inúmeras participações em Jogo das Estrelas. Eles foram para a Espanha para recuperar o prestígio perdido do país com os tropeços nos Jogos de Seul-1988 e no Mundial-1990.

QUAL É O MELHOR?
EUA em 1992EUA em 2008
PRIMEIRA FASE
EUA 116 x 48 Angola
EUA 103 x 70 Croácia
EUA 111 x 68 Alemanha
EUA 127 x 83 Brasil
EUA 122 x 81 Espanha
PRIMEIRA FASE
EUA 101 x 70 China
EUA 97 x 69 Angola
EUA 92 x 69 Grécia
EUA 119 x 82 Espanha
EUA 106 x 57 Alemanha
QUARTAS-DE-FINAL
EUA 115 x 77 Porto Rico
QUARTAS-DE-FINAL
EUA 116 x 85 Austrália
SEMIFINAIS
EUA 127 x 76 Lituânia
SEMIFINAIS
EUA 101 x 81 Argentina
FINAL
EUA 117 x 85 Croácia
FINAL
EUA x Espanha
Um salto para 2008. Uma nova geração cheia de astros jovens entrou nas Olimpíadas de Pequim com o mesmo intuito da equipe de 16 anos atrás: mostrar a força do basquetebol norte-americano após as derrotas nos Jogos de Atenas-2004 e nos Mundiais de 2002 e 2006. Com valores individuais como as revelações LeBron James, Carmelo Anthony e Dwayne Wade e Kobe Bryant, não foram poucos os que associaram essa seleção àquela de 1992.

Motivos para isso não faltaram, pois o time apresentou uma eficiência defensiva (média de 73,3 pontos sofridos por partida, menor do que a de 1992, que teve 73,5), jogadas de brilho com ponte aérea, enterradas e troca de passes e uma facilidade imensa para vencer suas partidas. Em raros momentos, os EUA foram ameaçados nas Olimpíadas.

Porém, diferente do trio Bird-Jordan-Magic, toda equipe somada tem cinco títulos da NBA (três de Kobe, um de Wade e outro de Tayshaun Prince). E a geração de 1992 ostenta uma diferença bem maior de pontos que a atual. A formação apelidada de "Dream Team" venceu suas oito partidas com uma média de 43,75 pontos de frente, enquanto a equipe atual ganhou por 31,2 pontos a mais que os adversários, uma média inferior inclusive ao selecionado usado nas Olimpíadas de Atlanta-1996, que teve 31,7 pontos de diferença nos seus compromissos.

Se os números talvez não dêem o respaldo que os fãs precisam para chamar esta equipe de "time dos sonhos", os atletas terão a chance de igualar o objetivo atingido pelos times de 1992 e 1996: o ouro olímpico. Para isso, os EUA só precisam repetir o desempenho da primeira fase, quando derrotaram por 119 a 82 a Espanha, adversária da decisão marcada para às 3h30 (horário de Brasília) deste domingo.

Já o tempo poderá se incumbir de provar que o atual selecionado tem condições de igualar os feitos notáveis de um time que teve Jordan, Bird, Magic, Karl Malone, John Stockton, Patrick Ewing, Charles Barkley, Clyde Drexler, David Robinson, Scottie Pippen, Chris Mullin e o então universitário Christian Laettner e encantou o mundo em Barcelona.

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