UOL Olimpíadas 2008 Notícias

20/08/2008 - 16h00

Brasil procura seu espaço em esporte dominado pelas russas

Do UOL Esporte
Em São Paulo
Uma bem-sucedida mistura de dança com ginástica artística, a ginástica rítmica costuma atrair o público mais pelo encanto e plasticidade dos movimentos de suas atletas que pela competitividade entre as equipes.

Ian Salas/EFE
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Isso porque o esporte tem uma franca favorita à medalha de ouro nas Olimpíadas. A sincronia, beleza e criatividade das apresentações russas levaram o país ao ponto mais alto do pódio da competição por equipes nas últimas duas edições dos Jogos Olímpicos. Em Pequim, a história não deve ser diferente.

Em uma realidade oposta, a equipe brasileira, tricampeã Pan-americana, ainda procura seu espaço entre as grandes potências mundiais. A meta é classificar-se entre as oito equipes que passam para a fase final e superar a colocação de Atenas-2004, quando as meninas do Brasil terminaram em oitavo lugar no geral. Para isso, precisam superar suas concorrentes diretas pela vaga, as seleções de Grécia, Azerbaijão, Ucrânia e Japão.

Para atingir o objetivo, a técnica Monika Queiroz investe alto na "brasilidade" da apresentação. Ao som de Daniela Mercury, o quinteto se apresenta com as cordas. Na série seguinte, com arcos e maças, a trilha sonora fica por conta de Clara Nunes e Chico Science.

"Estamos treinando bastante para chegar lá e fazer bonito. Independentemente da colocação vou ficar muito feliz se fizermos o ginásio vibrar e sambar com as nossas apresentações", explica a veterana Tayanne Mantovaneli, única do atual time a estar na campanha da capital grega. A equipe ainda conta com Daniela Leite, Luana Faro, Luisa Matsuo, Marcela Menezes e Nicole Muller.

O histórico vencedor da Rússia vale também para a disputa individual. Suas atletas foram ouro e prata em Atenas-2004 com Alina Kabaeva e Irina Tchachina, respectivamente. Em Sydney-2000, dominaram o pódio outra vez com um ouro de Yulia Barsukova e um bronze de Alina Kabaeva.

Para Pequim-2008, as atletas russas devem manter a tradição que as tornaram referência na ginástica rítmica. A jovem Olga Kapranova, de 21 anos, é líder do ranking da Fig (Federação Internacional de Ginástica) nos aparatos corda e arco. Seu ponto fraco é a bola que, por azar das adversárias, este ano está de fora dos Jogos. Suas compatriotas Vera Sessina e Eugenia Kanaeva também podem figurar nos pódios individuais.

Fora da panelinha russa, Anna Bessonova, da Ucrânia, é outra que entrou na briga direta pela medalha individual depois de desbancar as favoritas no mundial em Patras, na Grécia, em 2007. Italianas, búlgaras e bielorrussas correm por fora na competição.

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