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18/08/2008 - 04h42

Bronze de Isabel e Fernanda recoloca vela como esporte com mais medalhas

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Durou apenas uma semana a presença do judô como a modalidade olímpica que mais medalhas rendeu ao Brasil. Com o bronze conquistado por Isabel Swan e Fernanda Oliveira na classe 470 nesta segunda-feira, a vela retomou a hegemonia na listagem de insígnias nacionais com um total de 15 conquistas, ao lado do judô.

Ao todo, a vela coleciona agora seis ouros, duas pratas e sete bronzes, um desempenho melhor que o judô, que tem dois ouros, três pratas e dez bronzes. A modalidade ainda tem chance de ampliar a contagem, já que algumas classes em que o Brasil tem competidores com chances de medalha ainda não foram finalizadas. São os casos da Star, com Robert Scheidt/Bruno Prada, e RS:X, com Bimba.

A arte marcial havia conseguido empatar com a vela na última segunda-feira graças às medalhas obtidas por Ketleyn Quadros e Leandro Guilheiro na categoria leve. No dia seguinte, Tiago Camilo obteve outro bronze na meio-médio e levou o esporte à liderança provisória. O atletismo vem logo atrás com duas medalhas a menos que os líderes deste ranking.

As conquistas de Isabel Swan/Fernanda Oliveira e Ketleyn Quadros têm um ponto em comum: ambas representaram a primeira medalha de uma mulher brasileira em suas respectivas modalidades. Ketleyn, entretanto, atingiu a marca histórica de ser a primeira atleta nacional a 'medalhar' em uma disputa individual.

A história de triunfos nacionais no judô iniciou em Munique-1972 com o bronze do meio-pesado Chiaki Ishii, oito anos após a modalidade entrar no programa olímpico. A modalidade de raízes japonesas, porém, teve de esperar mais dois ciclos olímpicos para voltar a celebrar um pódio.

O primeiro ouro veio só e 1988, com Aurélio Miguel nas Olimpíadas de Seul. Nos Jogos de Barcelona-92, foi a vez de Rogério Sampaio vencer na categoria meio-leve. Aurélio Miguel voltaria ao pódio em Atlanta-1996, mas com um bronze, mesma premiação obtida pelo meio-leve Henrique Guimarães.

Já a vela nacional conheceu sua primeira medalha em 1968, com a dupla Burkhard Cordes e Reinaldo Conrad ficou com o bronze na classe Flying Dutchman. O Brasil ainda voltou ao pódio em Montréal-1976, quando Reinaldo Conrad, agora com Peter Ficker, repetiu o bronze na Flying Dutchman. Mas a consagração dourada veio em Moscou-1980. Então desconhecidos do grande público, os jovens Marco Soares e Eduardo Penido subiram no lugar mais alto do pódio na classe 470, assim como os favoritos Alex Welter e Lars Bjorkstrom na Tornado.

Da vela vem o maior atleta olímpico brasileiro de todos os tempos, Torben Grael. O velejador paulista conquistou cinco medalhas em seis Olimpíadas disputadas, incluindo duas de ouro - ao lado dele, os únicos bicampeões olímpicos do país são Adhemar Ferreira da Silva (salto triplo), Robert Scheidt (também da vela), Marcelo Ferreira (parceiro de Torben em três medalhas), Maurício e Giovane (ambos do vôlei).