UOL Olimpíadas 2008 Notícias

18/08/2008 - 09h59

Com chances reais, taekwondo inicia luta por medalha inédita

Do UOL Esporte
Em São Paulo *
Com chances reais de medalha em pelo menos uma categoria, o taekwondo brasileiro inicia nesta quarta-feira em Pequim a luta por uma medalha inédita na história dos Jogos Olímpicos - os melhores resultados até agora foram dois quarto lugares em Atenas-2004.

Moacyr Lopes Júnior/Folha Imagem
A paranaense Natália Falavigna é a principal esperança de medalha no esporte
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A paranaense Natália Falavigna chega a Pequim credenciada pelo bom resultado na última edição do Mundial - Falavigna foi bronze, perdendo na semifinal para a mexicana Maria del Rosário Espinoza, além de ter conquistado a prata no Pan do Rio-2007 ao perder para a mesma adversária.

Espinoza, bicampeã mundial (2005 e 2007), será a adversária a ser batida na disputa por medalha em Pequim. Falavigna, porém, tem um fator que conta contra: no evento-teste realizado no início do ano na China, ela não passou da primeira luta.

Mas a brasileira tem um bom retrospecto em Olimpíada. Mesmo com um osso do pé fraturado, Falavigna conseguiu chegar até a semifinal em Atenas-2004.

Na categoria até 58kg, o paulista Marcio Wenceslau também tem chances de medalha, pois foi vice-campeão mundial em 2005 e ficou em primeiro no Pré-Olímpico das Américas em Cali, na Colômbia - que garantiu uma vaga para Pequim.

Marcio terá como adversários principais o espanhol José Antônio Ramos, atual campeão mundial da categoria, e o mexicano Guillermo Perez, atual vice-mundial, mas que ficou atrás do brasileiro na seletiva para a Olimpíada.

Já na categoria até 57kg, a gaúcha Débora Nunes terá que lidar com o fato de ser uma estreante em Olimpíada. Porém, Nunes está em boa fase, pois foi a única brasileira a obter um pódio no evento-teste para a Olimpíada neste ano - bronze.

"O evento-teste em Pequim serviu pra perder o deslumbramento. Foi minha estréia lá. Sei que nesse aspecto eu estou em desvantagem", confessou a lutadora.

Mas a brasileira pode surpreender, e provou isso na seletiva para a Olimpíada, quando derrotou a norte-americana Diana Lopez, campeã mundial em 2005, na final, levando o ouro e uma das vagas na sua categoria.

Luta por sobrevivência

Uma das modalidades mais jovens dos Jogos Olímpicos, o taekwondo luta para sobreviver na competição, já que enfrenta resistência de parte do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Em 2005, a modalidade já resistiu a uma votação da entidade, sendo garantida em Londres-2012. Porém, no ano que vem haverá outra votação, que pode tirar o taekwondo dos Jogos de 2016, que têm o Brasil como um dos candidatos a sede.

O COI quer reduzir o número de esportes para 26, o que coloca o taekwondo em risco. Em Atenas-2004, o número de reclamações de atletas e técnicos dos países participantes sobre a arbitragem também colaborou para arranhar a imagem do esporte junto à entidade.

Como medidas para tentar solucionar o problema em Pequim, a Federação Internacional de Taekowndo decidiu realizar treinos específicos com os juízes que atuarão nos Jogos. Além disso, o número de árbitros em cada luta aumentou de três para quatro.

* Com agências internacionais

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