UOL Olimpíadas 2008 Notícias

17/08/2008 - 05h13

Atitude pontua inversão de status entre Sobis e Pato nas Olimpíadas

Bruno Freitas
Em Shenyang (China)
Principal mudança de feição da equipe titular do Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim, a substituição de Alexandre Pato por Rafael Sobis no ataque durante a competição, oficializada na partida contra Camarões pelas quartas-de-final, foi pontuada pela diferença abissal de atitude entre os dois jogadores.

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Alexandre Pato chegou à China como a estrela número 2 da seleção masculina de futebol do país, imediatamente abaixo de Ronaldinho Gaúcho. No entanto, em três partidas na primeira fase, o atacante do Milan não correspondeu às expectativas e acabou deixando a equipe, com a resignação que tem marcado sua personalidade dentro do grupo, mesmo em treinos.

Por outro lado, Rafael Sobis tem se comportado de maneira oposta, brigando sem alarde para mostrar serviço a cada treino, desde que a 'missão olímpica' começou. O jogador do Betis teve oportunidades de entrar ao longo dos jogos contra Nova Zelândia e China e acabou efetivado no ataque.

"Se você está entre os 18 convocados, tem que acreditar sempre. Trabalhar e esperar a oportunidade", disse Rafael Sobis, elogiado por Dunga após o jogo contra Camarões por sua dedicação em treinos e nos minutos anteriores em campo, quando era reserva.

"Temos que entender, o futebol é assim mesmo, é o professor que manda. Agora, quando ele precisar de mim, estarei 100%", disse Pato após esquentar o banco de reservas por 120 minutos nas quartas-de-final contra Camarões no sábado.

Até o momento, Alexandre Pato atuou por 192 minutos nas Olimpíadas, marcou um gol (na vitória sobre a Nova Zelândia) e arrematou seis vezes contra a meta adversária, sendo apenas três delas corretas.

O novo titular do ataque Rafael Sobis, por sua vez, esteve em campo por 169 minutos nos Jogos Olímpicos, com cinco disparos contra meta rival (três com direção correta) e dois gols, um na vitória sobre a Nova Zelândia e outro 'salvador' na prorrogação contra Camarões.

Depois do confronto com os neozelandeses na primeira fase, Pato chegou a reclamar, de maneira comedida, a seu estilo, de que se sentia isolado no comando de ataque, em desvantagem contra zagueiros 'grandalhões'. Na explicação para a entrada de Sobis contra Camarões, Dunga afirmou, entre outras justificativas, que precisava de alguém "que não aceitasse a marcação".

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