Em seu primeiro grande teste nos Jogos Olímpicos, os Estados Unidos não tomaram conhecimento da Espanha e venceram por 119 a 82. Com a vitória, os norte-americanos dão mostras de que estão preparados para cumprir o objetivo de reconquistar a hegemonia olímpica do basquete masculino.
Enfrentando nada menos que os campeões mundiais, os Estados Unidos dominaram toda a partida, não sendo ameaçados em nenhum momento pelos espanhóis. Com uma atuação sólida na defesa e rápidos no contra-ataques, os norte-americanos foram implacáveis, despontando assim como os principais favoritos ao título olímpico.
Com 18 pontos e oito assistências, LeBron James comandou o time norte-americano na partida. Pelo lado da Espanha, o destaque foi o ala-pivô Felipe Reyes, com 19 pontos e oito rebotes.
A forte defesa espanhola, que havia levado no máximo 75 pontos da China após uma prorrogação, não foi párea para o veloz ataque norte-americano, que pontuou com direito ao famoso "showtime" - enterradas, ponte-aérea e passes de categoria. Além disso, levou pela primeira vez uma contagem centenária (119) - maior número de pontos sofridos por uma equipe nos Jogos Olímpicos até aqui.
Dos 12 jogadores norte-americanos que atuaram na partida, oito marcaram dez ou mais pontos, contra apenas dois espanhóis que atingiram este feito.
Para piorar a situação da Espanha, sua principal referência ofensiva esteve apagada. O ala-pivô Pau Gasol, dos Los Angeles Lakers, foi muito bem marcado e anotou 13 pontos e seis rebotes.
Os seguidos tropeços das últimas seleções dos EUA (sexto lugar no Mundial-2002, terceiro nos Jogos Olímpicos de 2004 e terceiro lugar no Mundial-2006) levaram a USA Basketball a exigir a formação de um projeto olímpico para os Jogos de Pequim-2008.
Houve uma pré-seleção de mais de 30 atletas, que teriam de passar necessariamente por treinos e competições nos dois anos de intervalo entre o Mundial e a Olimpíada. Tudo isso para conquistar o ouro olímpico, pois qualquer resultado que não seja esse será considerado um fracasso.
No primeiro jogo, os norte-americanos tiveram dificuldades contra a China (101 a 70) no início da partida, mas depois veio uma vitória tranqüila. Contra a fraca Angola, outro triunfo sem maiores problemas (97 a 76). Já ante a vice-campeã mundial Grécia, candidata a medalha em Pequim, mais um passeio: 92 a 69.
A sucessão de bons resultados, somada às três vitórias da Espanha, aumentou o clima de rivalidade para o clássico, visto como o "tira-teima" da primeira fase. Mas o jogo deste sábado serviu para mostrar que, quando levam a sério e focam uma competição, os norte-americanos dificilmente são batidos. Será um novo "Dream Team"?