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16/08/2008 - 13h06

EUA não tomam conhecimento da Espanha em seu 1º teste no basquete

Do UOL Esporte
Em São Paulo
Em seu primeiro grande teste nos Jogos Olímpicos, os Estados Unidos não tomaram conhecimento da Espanha e venceram por 119 a 82. Com a vitória, os norte-americanos dão mostras de que estão preparados para cumprir o objetivo de reconquistar a hegemonia olímpica do basquete masculino.

CENAS DO "PASSEIO" DOS EUA
AP Photo/Eric Gay
Ala-armador LeBron James sobe para cravar, observado pelos atletas espanhóis
EFE/Julio Muñoz
Jason Kidd rouba a bola no ar de Rudy Fernandéz, prova da efiência defensiva
EFE/Julio Muñoz
Pau Gasol tenta parar Kobe Bryant, seu colega no Los Angeles Lakers, na partida
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Enfrentando nada menos que os campeões mundiais, os Estados Unidos dominaram toda a partida, não sendo ameaçados em nenhum momento pelos espanhóis. Com uma atuação sólida na defesa e rápidos no contra-ataques, os norte-americanos foram implacáveis, despontando assim como os principais favoritos ao título olímpico.

Com 18 pontos e oito assistências, LeBron James comandou o time norte-americano na partida. Pelo lado da Espanha, o destaque foi o ala-pivô Felipe Reyes, com 19 pontos e oito rebotes.

A forte defesa espanhola, que havia levado no máximo 75 pontos da China após uma prorrogação, não foi párea para o veloz ataque norte-americano, que pontuou com direito ao famoso "showtime" - enterradas, ponte-aérea e passes de categoria. Além disso, levou pela primeira vez uma contagem centenária (119) - maior número de pontos sofridos por uma equipe nos Jogos Olímpicos até aqui.

Dos 12 jogadores norte-americanos que atuaram na partida, oito marcaram dez ou mais pontos, contra apenas dois espanhóis que atingiram este feito.

Para piorar a situação da Espanha, sua principal referência ofensiva esteve apagada. O ala-pivô Pau Gasol, dos Los Angeles Lakers, foi muito bem marcado e anotou 13 pontos e seis rebotes.

Os seguidos tropeços das últimas seleções dos EUA (sexto lugar no Mundial-2002, terceiro nos Jogos Olímpicos de 2004 e terceiro lugar no Mundial-2006) levaram a USA Basketball a exigir a formação de um projeto olímpico para os Jogos de Pequim-2008.

Houve uma pré-seleção de mais de 30 atletas, que teriam de passar necessariamente por treinos e competições nos dois anos de intervalo entre o Mundial e a Olimpíada. Tudo isso para conquistar o ouro olímpico, pois qualquer resultado que não seja esse será considerado um fracasso.

No primeiro jogo, os norte-americanos tiveram dificuldades contra a China (101 a 70) no início da partida, mas depois veio uma vitória tranqüila. Contra a fraca Angola, outro triunfo sem maiores problemas (97 a 76). Já ante a vice-campeã mundial Grécia, candidata a medalha em Pequim, mais um passeio: 92 a 69.

A sucessão de bons resultados, somada às três vitórias da Espanha, aumentou o clima de rivalidade para o clássico, visto como o "tira-teima" da primeira fase. Mas o jogo deste sábado serviu para mostrar que, quando levam a sério e focam uma competição, os norte-americanos dificilmente são batidos. Será um novo "Dream Team"?

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