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15/08/2008 - 07h24

Campeão mundial francês elimina Schlittler dos Jogos de Pequim

Bruno Doro
Em Pequim (China)
O sonho de João Gabriel Schlittler nos Jogos Olímpicos de Pequim terminou nas mãos do gigante francês Teddy Riner. Campeão mundial, o lutador de 2,05 m e 129 kg venceu o brasileiro na final da repescagem, eliminando o carioca antes da disputa pelo bronze. O ippon foi rápido com apenas 62 segundos de combate.

Flávio Florido/UOL
Brasileiro João Gabriel não foi páreo para o campeão mundial Teddy Riner, da França
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BRASIL ABAIXO DAS EXPECTATIVAS
"Os atletas com maior expectativa nem chegaram ao pódio. Olimpíada tem uma coisa a mais que eu não sei explicar. Os atletas vêm muito mais preparados. A diferença fica no detalhe. A Olimpíada define o campeão na hora da luta", afirmou Schlittler após perder para Riner.

Com o resultado, o judô brasileiro deixa a China com três medalhas, empatando em número com a campanha dos Jogos de Los Angeles-1984. Nos EUA, porém, Douglas Vieira conquistou a prata. Em Pequim, foram apenas bronzes, de Ketleyn Quadros (57 kg), Leandro Guilheiro (73 kg) e Tiago Camilo (81 kg).

João Gabriel chegou até as quartas-de-final, mas, como todos os brasileiros que alcançaram essa fase em Pequim, acabou eliminado antes de chegar à semifinal. A derrota do peso pesado foi para o cubano Oscar Brayson, o mesmo que o venceu na final dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, no ano passado.

Depois, em sua primeira luta na repescagem, ele bateu o libanês Rudy Hachache, mas sofreu bastante na luta. Em dois momentos, ele demorou para se levantar, sinalizando dores no joelho direito.

Após sair do tatame, ele negou que o problema tivesse prejudicado seu desempenho. "O joelho não atrapalhou. Eu torci um pouco e continuei sem praticamente nada", garantiu.

O judoca contundiu o joelho no início de maio, em treinamento durante a Copa do Mundo de Belo Horizonte. A lesão foi grave, com rompimento do ligamento cruzado.

A equipe médica da seleção brasileira optou por não operar e, para garantir a presença nas Olimpíadas, Schlittler fez tratamento a base de fisioterapia. "A lesão é grave, mas foi contornada. Como o joelho lesionado não é o da perna de apoio, a carga sobre ele não é tão grande", explica o médico e ex-judoca Vagner Castropil.

Por causa da lesão, porém, a preparação acabou prejudicada. Ele não participou, por exemplo, do período de treinamento da seleção brasileira contra a França, no final de maio, ou do desafio contra a equipe B do Japão, em junho. Também não foi para a Rússia, onde o time brasileiro disputou a Super Copa do Mundo de Moscou.

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