Especialistas já afirmaram que a maior ameaça para as oito medalhas de ouro de Michael Phelps sempre esteve nos 100 m borboleta. Em sua última prova individual, (ele disputa os 4x100 m medley, última prova do calendário da natação), o norte-americano se mostrou preocupado com a prova nesta sexta-feira.
Phelps passou para a final com o segundo melhor tempo das semifinais (50s97), atrás do sérvio Milorad Cavic (50s92). O recordista mundial da distância, Ian Crocker, passou com o terceiro tempo (51s27).
O tempo pode ser parecido, mas os dois nadaram na segunda bateria, depois de Phelps, e o ritmo preocupou o nadador de 23 anos. Ele passou os primeiros 50 metros em 24s24, apenas o 12º tempo entre os 16 nadadores nas semifinais, e teve de recuperar na última passagem.
"É a prova mais difícil para mim. Se eu estivesse na segunda bateria, teria chegado um corpo atrás nos 50 m e, se fizer isso amanhã (noite de sexta no Brasil), vai ser complicado", disse. "Tenho que me manter mais perto dos outros, para não ter de tirar a diferença no final. Hoje, pelo menos, baixei o tempo da primeira parcial (24s24 contra 24s40), mas ainda tenho de melhorar".
"Para a final, tenho de me manter perto do Cavic e do Crocker na virada. Se conseguir fazer isso, estarei perto deles no final, que é o meu objetivo", completou o nadador.
Até mesmo o técnico Bob Bowman admitiu que estava nervoso quando viu seu pupilo virar tão atrás do grupo na semifinal. "Ele teve só 30 minutos depois da final dos 200 m medley para se recuperar e nadar o borboleta e não acho esse tempo adequado. Quando caiu na água, na virada estava tão perto, eu comecei a ficar nervoso".