UOL Olimpíadas 2008 Notícias

12/08/2008 - 15h02

Frio do ginásio de vôlei gera reclamação de brasileiros

Lello Lopes
Em Pequim (China)
Sombrinhas e leques fazem parte da indumentária básica dos torcedores nos Jogos Olímpicos de Pequim. Com o calor do verão chinês, que bate constantemente na casa dos 30 graus, é preciso achar uma maneira de se refrescar.

Mas no Ginásio Capital, o agasalho e a calça comprida são as peças mais importantes do vestuário. Não porque os fãs do vôlei querem inventar moda, mas por causa do frio intenso do ginásio, que atinge até mesmo os atletas.

"Está muito frio e muito vento nas nossas costas", reclamou o meio-de-rede André Heller após a vitória do Brasil sobre a Sérvia por 3 sets a 1 nesta terça-feira, pela segunda rodada da competição.

Com isso, apesar do calor da rua, é muito comum ver os jogadores da seleção usarem agasalho no banco de reservas. Alguns atletas nem tiram o blusão na hora do aquecimento.

"O ar condicionado está acima do normal. Você chega quente no banco e logo depois esfria", relata o ponteiro Dante.

O frio do ginásio pôde ser sentido desde o primeiro dia de disputa dos Jogos Olímpicos, no último sábado. Nesta terça-feira, a sensação térmica era ainda mais baixa.

"Reclamei com o chefe médico da competição. Ele disse que a temperatura é de 22 graus, o que é o normal nos ginásios, mas a gente acha que está menos. Os atletas ficam congelando no banco", disse o médico da seleção brasileira, Ney Pecegueiro.

Em quadra, o Brasil vai se aquecendo aos poucos. Após uma estréia morna contra o Egito, a seleção precisou mostrar muito mais vibração diante da Sérvia. Contra a Rússia, que derrotou os brasileiros na disputa do terceiro lugar da Liga Mundial no Rio de Janeiro, a previsão é de que o confronto seja muito mais quente.

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