UOL Olimpíadas 2008 Notícias

11/08/2008 - 08h37

Cavalo é vetado e equipe brasileira fica fora do adestramento

Felipe Munhoz
Em São Paulo
A montaria Nilo, do cavaleiro Rogério Clementino, do adestramento, foi vetada na segunda contraprova de exames feita pelos juízes do hipismo. A delegação brasileira disse que não concorda com o argumento dos veterinários, que afirmaram que o animal estava com uma diferença no trote.

Com o veto, o conjunto brasileiro está fora dos Jogos e o Brasil tem o direito de disputar apenas a modalidade no individual com Luiza de Almeida e Leandro Silva, pois para a prova por equipes é necessário a presença de três conjuntos.

"Nos dois primeiros exames ele foi reprovado e estávamos confiantes que neste terceiro teste ele passaria. Mas os juízes não entenderam assim. Não concordamos com a avaliação, mas vamos disputar o individual com a Luiza e o Leandro", disse o chefe da delegação brasileira de hipismo, Mauricio Manfredi.

O cavalo foi avaliado no domingo e reprovado nos dois exames, que têm intervalo de apenas dez minutos de um para o outro. Com isso, o animal tinha ainda mais uma última avaliação nesta segunda-feira, mas foi novamente vetado. Manfredi chegou a declarar que a equipe brasileira estava confiante na aprovação de Nilo.

O Brasil já tinha sofrido uma baixa no CCE (conjunto completo de equitação), com o veto do cavalo Butterfly, de Fabricio Salgado. "No CCE foi diferente, o cavalo estava com um trote diferente mesmo no dia do exame, mas no outro dia estava bem. No adestramento, o Nilo estava bem hoje, não entendemos esta decisão dos juízes", afirmou Manfredi.

Segundo o chefe da delegação nacional, os vetos brasileiros não tinham como ser evitados. "No CCE, não existe reserva, ficamos sem um descarte (dos dois possíveis), mas seguimos competindo. No adestramento, poderíamos ter um quarto conjunto, um reserva. Mas só os três cavaleiros conseguiram índice. Então, não tem como inscrever alguém que não tenha se classificado para os Jogos", explicou o chefe do hipismo.

Com a eliminação do conjunto no adestramento, o Brasil lamenta não ter realizado duas conquistas inéditas. Rogério Clementino seria o primeiro cavaleiro negro a disputar uma prova de hipismo pelo país nos Jogos Olímpicos. Além disso, o Brasil estaria, pela primeira vez, com equipes em todas as modalidades do esporte. De acordo com Manfredi, dos cerca de 40 países participantes no hipismo, apenas seis disputam todas as categorias.

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