Após terminar a competição de estrada do ciclismo na 51ª posição, Clemilda Fernandes, única representante brasileira na prova, lamentou as condições adversas da prova vencida pela britânica Nicole Cooke. Segundo a brasileira, a chuva e os acidentes foram diferenciais não apenas no seu resultado pessoal, mas da prova como um todo.

Por conta do temporal que caiu na capital chinesa, o domingo foi cheio de escorregões e acidentes. "Tive diversos obstáculos. Além da chuva forte durante todo o circuito, acabei envolvida num acidente no final da subida, freei em cima, elas caíram, mas o grupo cortou e perdi posições. Depois ainda veio o tombo da canadense bem na minha frente", lamentou Clemilda referindo-se ao acidente entre Yulia Martisova, da Rússia, e Alexandra Wrubleski, do Canadá, no quilômetro 101, que envolveu algumas outras cilcistas. Já no fim da corrida, Lang Meng derrapou e caiu na valeta que margeia a rua.

Ao longo dos 126 quilômetros do percurso, Clemilda gostou da atenção dada pelo público chinês. "O que mais me impressionou foi que mesmo com muita chuva os chineses não arredavam pé, incentivavam a gente. Isso foi muito bonito", afirmou a representante brasileira.

A "aclimatação" da ciclista foi feita em Goiânia, onde ela buscou o calor semelhante ao clima sufocante da capital chinesa. "Ontem todo mundo falava do calor e eu pensava: beleza, eu rendo melhor no calor, tomara que continue assim", afirmou.

A chuva, portanto, deve ter pego a brasileira e demais competidoras de surpresa. Pelo menos é o que se percebe do diálogo de Fernandes. "Tudo bem que a Nicole Cooke vença, pois ela é uma grande atleta. Mas a Emma nem tem tantos resultados assim para chegar à prata. Encontrei a líder do ranking no fim da prova, a alemã Marianne Vos no final. Falamos juntas: é... foi a chuva", observou.

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