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09/08/2008 - 13h29

Com supermaiô, brasileiros fazem final, batem recordes e surpreendem

Bruno Doro
Em Pequim (CHN)

A entrega dos supermaiôs para a equipe brasileira demorou. Mas neste sábado, já com o novo traje nas mãos, os nadadores verde-amarelos aproveitaram a vantagem psicológica no Cubo D'Água, o revolucionário centro aquático das Olimpíadas de Pequim.

SILVA BATE DEBONI E NADA 4X100

Após as provas deste sábado, os brasileiros Fernando Silva e Eduardo Deboni caíram na água do Cubo D'Água por uma vaga no revezamento 4x100 m. Melhor para Silva, que foi para Pequim como reserva, mas vai nadar nas eliminatórias deste domingo. Desde o período de aclimatação em Macau, o último nome do revezamento estava em aberto, já que o rendimento do titular Deboni e do então reserva Silva estavam parecidos. Os outros titulares serão César Cielo, Nicolas Oliveira e Rodrigo Castro.

No primeiro dia de provas, o Brasil chegou a uma final, com Thiago Pereira nos 400 m medley, foi para uma semifinal, com Gabriela Silva, com o quinto melhor tempo das 16 classificadas nos 100 m borboleta, e ainda bateu três recordes sul-americanos.

A maior beneficiada do grupo foi Gabriela Silva. Dentro de um LZR Racer, da Speedo, ela surpreendeu, bateu o recorde sul-americano da prova com 58s00 e foi à decisão com o quinto melhor tempo. "O maiô deu uma ajudinha", explicou a brasileira, de apenas 19 anos.

"Eu sei que chegar à final é difícil, mas estou muito longe do meu limite. Posso acreditar", disse a nadadora, que com o resultado também garantiu presença no revezamento 4x100 m medley - a melhor nas provas individuais nadaria a especialidade e sua rival, Daynara de Paula, ficou em 34º lugar.

Thiago Pereira, o único brasileiro que foi para a final no primeiro dia de competição, não usou o traje revolucionário da Speedo. Preferiu o maiô da marca Blueseventy, que ajuda na flutuabilidade. "Ele já estava mais acostumado com esse e por isso fez a escolha", explicou o técnico Fernando Vanzella. Pereira volta a nadar neste domingo, às 11h03 (de Brasília).

Joanna Maranhão, que melhorou sua marca em quatro segundo nas eliminatórias dos 400 m medley mas não foi à final, foi outra que, com os dois maiôs em mãos, preteriu o LZR. "Foi a primeira vez que usei esse maiô e achei bom, mas entrou um pouco de água nas costas e criou bolha. Eu fiquei agoniada, querendo colar no corpo e não colava", conta a pernambucana sobre o traje da Blueseventy.

Para os 200 m borboleta, prova para a qual se preparou, ela pretende usar o LZR. "É importante ver como os dois maiôs se comportam e tomar a decisão correta", avisa Joanna.

O revezamento 4x100 m livre feminino terminou em último lugar, mas também bateu recordes. Primeira a cair na água, Tatiana Lemos bateu o recorde continental da distância, com 55s08. A equipe melhorou também sua própria marca sul-americana, com 3min42s85 - a marca anterior era de 3min43s16.

As eliminatórias deste domingo começam às 7h30.