Impedida de voltar a usar seu uniforme tradicional na seqüência dos Jogos Olímpicos de Pequim, a seleção brasileira de futebol terá que adotar roupagem improvisada, graças ao imbróglio entre dirigentes de CBF, Comitê Olímpico Brasileiro e Comitê Olímpico Internacional.

Contra a Nova Zelândia neste domingo, a equipe de Dunga entrará em campo com uniforme todo azul, sem o distintivo da CBF.

"Isso é uma palhaçada. Mas essa é uma questão política, nem dá para nós jogadores nos metermos", afirmou o meio-campo Anderson.

"Vocês da imprensa que soltam o pó em cima disso e têm que falar a respeito", completou o falastrão jogador do Manchester United.

Os jogadores acreditam que o improviso ainda descaracteriza visualmente o visual consagrado internacionalmente da seleção.

"Fica um visual estranho. Porque é mais do que um escudo, é um sentimento. Somos pentacampeões, isso está no coração", comentou o volante Hernanes, que diz ver um lado positivo no improviso.

"Pelo menos é uma oportunidade de a gente não se apegar tanto ao passado", declarou o jogador do São Paulo.

O Congresso Técnico do futebol realizado às vésperas das Olimpíadas determinou que a seleções de futebol participantes dos Jogos de Pequim não utilizassem os brasões de suas respectivas federações nacionais.

No entanto, ficou estipulado que o país que decidisse usar seus uniformes convencionais deveria pagar multa de US$ 1 mil por jogo. Na primeira rodada, tanto a equipe masculina como a feminina do Brasil atuou com o distintivo da CBF.

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