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09/08/2008 - 03h22

"Culparam a pessoa errada", diz Mari sobre Atenas-2004

Lello Lopes
Em Pequim (China)
A estréia do Brasil no vôlei feminino dos Jogos Olímpicos de Pequim foi contra a Argélia, mas o pensamento da equipe estava na segunda partida, diante da Rússia na próxima segunda-feira. E a ponteira Mari, protagonista da derrota do Brasil para as russas nas semifinais das Olimpíadas de Atenas-2004, resolveu desabafar.

"Tudo o que passou, passou. Não tem mais nada. A gente nem lembra daquele jogo. A imprensa é que vive lembrando", disse Mari. "A imprensa joga a culpa nas pessoas erradas. Quem tinha que assumir (a culpa) é quem tinha responsabilidade. Eu caí de pára-quedas", completou.

O jogo contra a Rússia foi traumático. O Brasil liderava o quarto set por 24 a 19, mas não conseguiu marcar o ponto que o levaria pela primeira vez na história a uma final olímpica no vôlei feminino.

Mari, então revelação da equipe com 21 anos, foi apontada como a maior culpada pela derrota, uma vez que desperdiçou ataques quando a seleção tinha match points na mão.

Agora, a jogadora admite que tem mais responsabilidade na equipe. "Em Atenas ninguém me conhecia, eu cheguei de última hora, não tinha nada a perder. Aqui as pessoas me conhecem, a responsabilidade é maior", disse.

Depois de um desempenho ruim no Pan do Rio de Janeiro, e um tempo afastada da equipe no final do ano passado, Mari voltou à seleção brasileira em grande estilo. Ela foi eleita a melhor jogadora do Grand Prix, vencido pelo Brasil.

Contra a Argélia, na fácil vitória de 3 a 0 da seleção brasileira, Mari anotou sete pontos. Diante da Rússia, que perdeu na estréia para a Itália, a ponteira tem a receita: "A gente tem que tentar parar (o ataque adversário) no bloqueio."

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