UOL Olimpíadas 2008 Notícias

08/08/2008 - 11h21

Esquema de segurança tranca vizinhos do Ninho de Pássaro nos prédios

Rodrigo Bertolotto
Em Pequim (China)
Atrás das grades de seus prédios, os vizinhos do Parque Olímpico puderam acompanhar só a queima de fogos no céu da noite pequinesa. "Estamos presos aqui desde as 18h e não falaram quando poderemos sair para a rua", queixava-se a russa Nadia Lanova, que mora em Pequim há dois anos.

Rodrigo Bertolotto/UOL
Vizinhos do Ninho foram impedidos de saírem de suas casas e ficaram "presos"
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Duas horas antes da cerimônia de abertura dos Jogos, a polícia fez toque de recolher nas redondezas do Ninho de Pássaro, o estádio Olímpico.

"Eles falaram para a gente assistir aos fogos pela TV e não tentar sair", contou a britânica Kelly McLoken, também moradora de prédio na rua Datun, via tranqüila até decidirem que o Parque Olímpico construído logo lado.

No térreo e estacionamento dos prédios, os vizinhos se concentravam para o foguetório que saia do estádio. Crianças brincavam, velhos se abanavam do calor com leques e os adultos conversam entre uma bateria e outra da pirotecnia olímpica.

Ninguém podia circular pelas ruas próximas que não tivesse a credencial oficial distribuída pela organização dos Jogos. As barreiras de segurança se avolumavam e a cada quarteirão havia um controle.

Batalhões de voluntários checavam a documentação e barravam qualquer tentativa de aproximação do estádio Olímpico para quem não tinha o convite de entrada. Por isso, o jeito para os vizinhos era se acostumar com o confinamento policial.

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