UOL Olimpíadas 2008 Notícias

08/08/2008 - 07h33

Fischer desiste do contra-relógio e Pagliarini "engana" pedra no rim

Maurício Dehò
Em São Paulo
A equipe masculina de ciclismo vai se concentrar apenas na busca por um bom resultado na prova de estrada, que será disputada na passagem de sexta-feira para sábado, à meia-noite. O ciclista Murilo Fischer revelou que não competirá na prova do contra-relógio, quarta-feira, e poderá gastar toda a sua energia no percurso de 250 km, que passará até pela Muralha da China.

Frank Robichon/EFE
Murilo Fischer prioriza a prova de estrada, por ter chance reduzida no contra-relógio
CONFIRA O PERFIL DO CATARINENSE
ITALIANOS SUSPENSOS POR DOPING
PÁGINA ESPECIAL SOBRE CICLISMO
PÚBLICO CHEGA À ABERTURA
"Tivemos uma decisão semelhante à da França. O contra-relógio terá um percurso muito difícil e não tenho nível técnico para fazer esta prova", afirmou Murilo ao UOL Esporte, enquanto fazia os últimos ajustes em sua bicicleta. Os brasileiros não participam da cerimônia de abertura, para descansarem. "Nem TV temos aqui, é uma tristeza", brincou.

O ciclista se mostrou aliviado pela decisão e garantiu a presença do companheiro Luciano Pagliarini, que está tendo dificuldades na reta final da preparação para a competição, devido a uma pedra no rim. A menos que tenha uma crise de dor, o paranaense compete.

A solução do brasileiro para tentar "enganar" o problema foi fazer uma adaptação no selim de sua bicicleta. O paranaense cortou um pedaço da espuma de seu assento, para que a região dolorida não fique pressionada durante o percurso.

"Até chegar ao circuito, na Muralha da China, ele não deve ter problemas. Se a adaptação funcionar, ele terá como me ajudar", disse Fischer, que ficará encarregado por brigar no final da prova por um lugar entre os três primeiros colocados.

A estratégia brasileira é simples. Como não são fortes candidatos ao pódio, a intenção é ficar o mais perto possível dos favoritos. "O percurso está muito difícil, bem mais que em Atenas-2004. Se fosse como lá, as chances seriam maiores", explicou o ciclista. As dificuldades maiores serão na parte do circuito, uma vez que o percurso apresenta muitas subidas. "Será uma seleção natural, quem agüentar vai chegar na frente".

Controle segue forte
Apesar de os brasileiros ainda não terem passado por testes antidoping enquanto estão na Vila Olímpica, Murilo Fischer afirmou que o controle tem sido constante na China, uma vez que o ciclismo tem sofrido com muitos casos de atletas usando substâncias ilícitas.

Segundo o catarinense, ciclistas de outros países, como Portugal, Espanha e Belarus já passaram por exames e o controle continuará a ser realizado com intensidade.

Compartilhe: