O presidente da Federação Grega de Atletismo, Vassilis Sevastis, afirmou nesta quinta-feira que uma eventual exclusão da corredora de 100 m, Ekaterini Thanou, dos Jogos Olímpicos de Pequim seria "um erro e uma grande hipocrisia".

A Comissão Disciplinar do Comitê Olímpico Internacional (COI) se reuniu nesta quinta-feira para decidir se a atleta grega, envolvida em um escândalo nos Jogos de 2004, tem autorização para competir no evento de Pequim.

"Não há qualquer justificação legal para excluir Thanou, ainda mais porque há dezenas de atletas que tomaram substâncias ilegais, cumpriram suas penas e participarão dos Jogos de Pequim", declarou Sevastis a uma rádio da Grécia.

"Seria um erro, uma grande hipocrisia excluí-la. Não sei se o COI quer satisfazer a opinião pública ou a imprensa", completou o presidente da Federação. A grega Thanou, de 33 anos, medalhista de prata em Sidney-2000 na prova dos 100 m rasos, inventou com seu compatriota Kostas Kenteris um acidente de moto para justificar a ausência em um exame antidoping na véspera das Olimpíadas de Atenas.

Após o escândalo, os dois atletas reconheceram que inventaram a história para faltarem a três exames de inspeção. A Federação Internacional de Atletismo suspendeu Kenteris e Thanou por dois anos, pena que cumpriram até dezembro de 2006.

No final do último mês de julho, Ekaterini Thanou recebeu uma carta do COI informando que a atleta era "pessoa não grata" em Pequim, por seu "comportamento contra o COI e o movimento olímpico" em Atenas-2004. Após ter retornado da suspensão, a corredora nunca mais voltou a obter os ótimos resultados que conquistava.

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