UOL Olimpíadas 2008 Notícias

07/08/2008 - 05h11

Nonaka e outros 'azarões' do tênis de mesa querem prolongar o sonho

Das agências internacionais
Em Pequim (CHN)
A paulistana Mariany Nonaka, de 20 anos, vai à sua segunda Olimpíada como a única mulher da equipe brasileira de tênis de mesa e com o mesmo objetivo de atletas de outras nações sem tradição no esporte: fazer durar ao máximo o sonho olímpico e incentivar novos praticantes no país.

"No Brasil, é muito difícil praticar o esporte, porque poucas pessoas jogam, então eu acabo treinando muito na Europa", revela Mariany, resignada com a sua condição em relação aos favoritos: "Os melhores estão aqui, na China. É difícil, mas é a vida".

Em situação parecida à dela estão outros mesa-tenistas de Camarões, Jordânia e Romênia, que sabem não terem chances de ameaçar a supremacia do país sede, favorito a todas as quatro medalhas de ouro em disputa na modalidade.

"Na Jordânia, meus amigos acham estranho jogar tênis de mesa", diz Zeina Shaban, de 20 anos, único representante do seu país no esporte e porta-bandeira da delegação. "Às vezes desanima o fato dos chineses serem tão fortes, mas eles treinam como loucos", avalia o jordaniano, que também vai para sua segunda olimpíada.

A Romênia também terá somente um competidor no tênis de mesa em Pequim. Adrian Crisan ficou entre os 64 melhores em Sydney, entre os 32 em Atenas, e agora busca figurar nos top 16. "Não há incentivo no esporte na Romênia. O futuro é desanimador", lamenta.

Entretanto, Crisan, que é o número 21 do mundo, está em condições de chefar ao seu objetivo. Já o camaronês Fomum Victorine se mostra mais modesto em suas expectativas. "O tênis de mesa é bem praticado em Camarões, mas não há competições", explica o número 765 do mundo. "Nos Jogos, a essência é participar", completa.

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