O ciclista Vladimir Gusev não defenderá a Rússia durante os Jogos Olímpicos de Pequim, segundo anunciou a federação da modalidade no país. O motivo para o corte foi a demissão do atleta por sua equipe, por suspeita de doping.

Gusev foi o vencedor do Campeonato Russo de ciclismo, em junho, mas foi mandado embora pela equipe Astana no mês seguinte, após um teste feito internamente, fora das competições, apresentar resultados anormais para substâncias ilícitas. Ele não foi acusado formalmente de competir dopado.

Aos 25 anos, ele era um dos favoritos para uma medalha no contra-relógio, que será disputado no dia 13. "Isso é uma tragédia para um atleta, passar por esta suspeita", afirmou Alexandre Gusyatnikov, presidente da Federação Russa de Ciclismo. "Não só no ciclismo, mas em qualquer esporte, é ruim e vira uma distração em relação ao resultado que desejamos".

"Nós acredítamos nele, temos fé, mas quem sabe?", questionou o dirigente. Para Gusyatnikov, o resultado anormal pode ser fruto do período de treino em montanha pelo qual o ciclista passou em julho, uma vez que a Astana não esteve na Volta da França. Assim, seu sangue teria indicações diferentes das normais, por ele ter passado muito tempo na altitude, com menor presence de oxigênio. No entanto, o dirigente afirmou que prefere aguardar uma posição oficial dos testes.

Com a ausência de seu principal nome, o convocado para a vaga foi Denis Menchov, quarto colocado na Volta da França deste ano. Ele competirá ao lado do compatriota Vladimir Karpets.

Mais ausências?
Além do ciclista, a Rússia pode perder mais dois atletas, ambos da marcha atlética. Vladimir Kanaikin, dos 50 km, e Valery Borchin, dos 20 km, também por doping, segundo informação de um membro da Federação Russa de Atletismo.

"Eles deram positivo e é improvável que participem dos Jogos", afirmou uma fonte, que preferiu não se identificar, e indicou outra possível teste com níveis alterados. "Alexei Voevodin, que não estava selecionado, também deu positivo".

A Rússia tem sofrido intensamente com os casos de doping. Na última semana, sete nomes do atletismo foram cortados da delegação. Todos foram provisoriamente suspensos sob suspeita de terem manipulado as amostras de urina feitas fora de competição.

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