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03/08/2008 - 07h30

Lenílson acha que trio de estrelas dos 100 m não vai levar o ouro

Bruno Doro
Em Macau (China)
Usain Bolt, Asafa Powell ou Tyson Gay. Para o velocista mais experiente da delegação brasileira, nenhum membro do trio formado pelos maiores velocistas do planeta vai conquistar o ouro nas Olimpíadas de Pequim, que começam na próxima sexta-feira.

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Flávio Florido/UOL
Vicente Lenílson vai homenagear os filhos em Pequim. O atleta escreveu os nomes dos meninos Pedro e David nas sapatilhas que irá usar durante os Jogos Olímpicos
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Vicente Lenílson, medalhista de prata em Sydney-2000 no revezamento 4x100 m, aposta em uma surpresa para os 100 m rasos no estádio Ninho de Pássaro. "Eu acho que os três estão bem, mas nenhum deles ganha os 100 m. Eu ainda tenho alguns nomes que, se falar, vão achar que estou falando besteira. Quando terminar, eu digo se estava certo", diz o velocista.

Segundo o brasileiro, a grande rivalidade que está sendo criada em cima do trio fará a diferença na hora da prova. "Os caras estão muito preocupados uns com os outros nessas três raias e vão esquecer as outras. É o que eu acredito", explica.

Bolt é o recordista mundial dos 100 m, com 9s72. O também Jamaicano Asafa Powell passou praticamente todo o ciclo olímpico de Pequim como o homem mais rápido do mundo. E o norte-americano Tyson Gay é o atual campeão mundial.

Longe do grupo de estrelas, Lenílson tenta se adequar a um novo status na equipe brasileira. Depois de anos atrás de veteranos como Claudinei Quirino ou André Domingos, é a vez do baixinho de 1,65 m ser o mais velho do time.


"Acho que em Sydney-2000, por exemplo, minha situação era mais confortável. Eu não pensava muito. Era mais molecão, me divertia mais. Hoje tenho mais responsabilidade. Com o tempo, você vai amadurecendo e aprendendo. Pensa mais", resume.

Uma coisa, porém, não mudou. Lenílson segue sendo um dos mais determinados do time, tentando ignorar a desvantagem que sempre enfrentou: a altura. "Eu ainda sou o mais baixo e, com isso, você tem de fazer um treinamento diferente. A técnica é outra. Mas a velocidade não está na altura. O Edson Luciano mesmo. Tem 1,92 m e eu sempre fui mais rápido", diz o velocista, lembrando do companheiro na equipe de revezamento.

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