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02/08/2008 - 09h02

Seleção feminina de vôlei aprimora saque com ajuda de radar

Luís Ferrari
Da Folhapress
Em Osaka (Japão)
Menos de 24 horas depois de chegar a Osaka, onde faz aclimatação para a Olimpíada de Pequim, a seleção feminina de vôlei já estava na quadra para o primeiro dos dois períodos de treino, que demorou cerca de três horas e só acabou com um treino de precisão nos saques.

"Quem acertar neste quadrado da quadra acima de 70 km/h pode parar", avisou Paulo Coco, da comissão técnica do técnico Zé Roberto Guimarães, apontando para uma área demarcada no piso da quadra japonesa. Ao seu lado, de radar portátil em punho, outro membro da equipe técnica media a velocidade dos serviços das atletas.

No ano passado, o aparelho passou a integrar o equipamento da equipe feminina. "Começamos a avaliar os saques das cubanas, os ataques das atletas que são mais fortes. A gente mede no jogo a potência dos saques e tenta reproduzir isso nos treinamentos", explica Coco.

Zé Roberto conta uma das metas que procura alcançar com isso. "O saque da Paula Pequeno, por exemplo, precisa sair acima de 80 km/h. Se é abaixo, facilita a recepção."

As jogadoras aprovam o método. "Eles estipulam uma velocidade. Tentamos fazer isso no treinamento de maneira precisa, para que fique natural no jogo, para o movimento sair normalmente e para memorizar melhor o movimento dentro da velocidade com que iremos sacar", afirma Walewska.

A ênfase nos treinamentos de saque e recepção, segundo Coco, são as principais conseqüências da nova bola, que estréia em Pequim. "É uma bola difícil para passar, que flutua muito. Então os fundamentos em que mais insistimos são o passe e o saque."

Focada nos treinos e impulsionada pelo título do Grand Prix, a equipe de Zé Roberto, alvo de desconfianças desde a traumática derrota na semifinal de Atenas-04, desfruta de um momento que o treinador qualifica como 'um dos melhores' dos últimos quatro anos.

"O Grand Prix foi ótimo para dar ritmo de jogo. Claro que é preciso manter o foco, mas estamos conscientes de que temos chances de ir até a final", declarou a ponta Mari, uma das vilãs na Olimpíada grega ao desperdiçar oportunidades de fazer o ponto que levaria a seleção à disputa do ouro.

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