Jéferson Sgnaolin, um dos representantes brasileiros no Concurso Completo de Equitação no hipismo, lamentou nesta sexta-feira não poder usar a farda militar nas provas que serão disputadas em Hong Kong a partir do dia 8, sexta-feira.
Tenente-coronel do exército brasileiro, Sgnaolin estará nas primeiras Olimpíadas em que a tradição do uso da farda foi eliminada.
"É a primeira vez que um militar se vestirá como civil nos Jogos. Desde os Jogos de Helsinque-1952, um ginete militar brasileiro não participa do CCE e há uma expectativa muito grande", afirmou.
Sgnaolin, campeão da prova no Mundial Militar de 2006, participa pela primeira vez dos Jogos Olímpicos e leva o seu cavalo "Escudeiro do Rincão", de 8 anos, para o CCE, que comporta o salto, o adestramento e o cross-country.
O chefe de equipe do CCE, Cyro Rivaldo, tem outra preocupação com a participação do Brasil em Hong Kong: o clima. O também técnico Rivaldo afirmou que "as instalações são muito boas, mas o calor e a umidade são um problema muito sério para os cavalos".
"Em algumas épocas do ano temos, no Brasil, um clima parecido com o daqui. Assim, nossos cavalos até estão acostumados. Em Sydney e Atlanta, o calor era igual, mas os cavalos não sofriam o desgaste da umidade como aqui", explicou.
O Brasil é o único país latino-americano que estará nas três provas do hipismo: salto, adestramento e CCE. A vaga nesta modalidade foi conquista nos Jogos Pan-Americanos do Rio.
André Paro, Fabrício Salgado, Marcelo Tosi e Saulo Tristão completam o time do CCE ao lado de Sgnaolin.