UOL Olimpíadas 2008 Notícias

30/07/2008 - 22h20

Equipe 4x100 m leva "segredo" para ganhar medalha em Pequim

Marco Britto
Em Guarulhos (SP)
O revezamento 4x100 m masculino vai a Pequim confiante num desempenho histórico. Na briga por uma medalha olímpica, a equipe quer impor respeito na pista de competição. "Nosso time vem bem. Jamaicanos e norte-americanos vão estar atentos", afirmou o velocista Vicente Lenílson antes de embarcar com destino a Macau, na quarta-feira à noite.

Marco Britto/UOL
Para Bruno Tenório, equipe deve focar nos treinos finais de preparação em Macau
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Para compensar a diferença dos tempos individuais entre brasileiros e adversários mais rápidos, a arma será a passada de bastão. A técnica do passe lateral, exclusiva da equipe brasileira, possibilita ao revezamento do Brasil um ganho de centésimos que certamente serão decisivos na disputa olímpica.

Para Bruno Tenório, terceiro a levar o bastão, não há mais tempo para se preocupar com adversários. De acordo com o velocista, na preparação final na China o foco será desenvolver o máximo possível do potencial do time.

Integrante do plantel de estreantes em Jogos Olímpicos, Tenório acredita no revigoramento do atletismo brasileiro a partir de Pequim. "A renovação vai ter que ser feita. Teremos atletas preparados num tempo mais curto por conta do amadurecimento precoce."

Lenílson, que abre o revezamento, confirma o clima de confiança. Brincando antes do embarque, o atleta fechou com dificuldade a enorme mala dizendo que escondia ali o segredo da vitória nas Olimpíadas. "Vamos correr de igual para igual com eles", provoca, se referindo aos adversários diretos - jamaicanos, britânicos e norte-americanos. O velocista é o único remanescente do time de prata em Sydney-2000.

Recordista sul-americana, a equipe brasileira aposta nos últimos bons resultados como um bom presságio para Pequim. Em 2007, além do ouro no Pan do Rio de Janeiro, o time do revezamento fez a segunda melhor marca sul-americana da história e 4º melhor tempo do ranking mundial no ano, 37s99, durante o Mundial de Osaka, no Japão.

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