O troféu que estava em jogo era o da Liga Mundial. Mas como todas as seleções finalistas projetavam os Jogos Olímpicos, duas equipes que não estiveram no Rio de Janeiro para a disputa da fase final foram constantemente citadas na última semana. Com a chance de esconder o jogo, Itália e Bulgária estão na lista dos favoritos à medalha em Pequim.

As duas seleções terminaram a primeira fase da Liga na segunda colocação de suas chaves e tinham a possibilidade de ser o país convidado pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei) para jogar a fase final no ginásio do Maracanãzinho, na última semana. No entanto, os dois selecionados teriam recusado a proposta já pensando nas Olimpíadas, e a entidade que controla o esporte teve que recorrer ao Japão.

Distante do Brasil e mais próximo ao ambiente chinês, os europeus puderam "esconder o jogo" e aproveitar a semana para treinar com a nova bola -a FIVB vai implementar nos Jogos um modelo diferente ao usado pelas equipes na fase final da Liga Mundial. A decisão foi criticada pelos finalistas da competição anual, vencida pelos Estados Unidos pela primeira vez.

A seleção italiana não veio conferir de perto a Liga Mundial, mas enviou espião para gravar imagens dos finalistas Brasil, Rússia, Japão, Polônia, Estados Unidos e Sérvia. Todas as seis seleções estão classificadas para Pequim.

"Os finalistas têm boas chances de medalha, com exceção do Japão. A Bulgária e a Itália que não vieram também são fortes candidatas. A Rússia e os Estados Unidos são oponentes que podem ficar à frente do Brasil, inclusive", disse o técnico Igor Kolakovic, da Sérvia.

Mesmo com a vitória por 3 sets a 1 sobre os sérvios na final, os campeões norte-americanos não se colocam na condição de favorito ao ouro. O rótulo de forte candidato ao título, aliás, é rechaçado por quase todas as equipes, que prevêem muito equilíbrio na China.

"São seis grandes times que vão brigar por três medalhas. Eu vejo como favoritos os Estados Unidos, Sérvia, Rússia, Bulgária e Itália, além do Brasil", afirmou o capitão brasileiro Giba. Após o frustrante quarto lugar na Liga Mundial, o Brasil estréia nas Olimpíadas às 3h30 (horário de Brasília) do dia 10, contra o fraco Egito.

"Não existe adversário perfeito. Na Copa do Campeões, achamos que a China era ideal, mas tomamos um 2 a 0 que quase nos fez perder o rumo de casa. Vamos encarar todo jogo como uma final", disparou Giba.

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