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25/07/2008 - 15h20

Impedidos de ir a Pequim, atletas iraquianos mostram decepção

Das agências internacionais
Em Bagdá (Iraque)
Dois atletas iraquianos classificados para os Jogos Olímpicos de Pequim não esconderam a decepção nesta sexta-feira, um dia após a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de confirmar que a delegação do Iraque, com sete atletas, está banida do evento. Segundo o COI, no entanto, ainda resta "um raio de esperança".

  • AFP

    Dupla iraquiana de remo com índice para Pequim lamentou afastamento dos Jogos

    "Me deixou muito triste saber que não poderemos participar dos Jogos de 2008", declarou Hamzah Hussein, de 32 anos, classificado para competir no remo. "Ao que parece, pagamos pelo atual conflito no cenário esportivo", lamentou.

    A mesma decepção de Hussein foi manifestada por seu companheiro, Haidar Nozad, de 25 anos. "Meu colega e eu treinávamos sem parar há 70 dias para estarmos prontos para este acontecimento formidável e universal. De repente, nos vemos de fora dos Jogos. É uma decisão dolorosa e triste", disse Nozad.

    Com a decisão, o COI manteve a punição imposta em junho aos sete esportistas iraquianos que iriam para Pequim, alegando como principal motivo a interferência do governo do Iraque nos movimentos esportivos do país.

    "Apesar de todos os esforços do COI e do Comitê Olímpico Asiático para encontrar uma solução positiva com o (...) governo iraquiano, lamentamos informar que a decisão do COI de 4 de junho de 2008, de suspender o Comitê Olímpico nacional iraquiano, está confirmada", declarou a entidade, por meio de uma carta fechada.

    Uma porta-voz do COI deu a entender nesta sexta-feira, no entanto, que esta suspensão poderia não ser definitiva no caso de um dos sete atletas iraquianos, pois as inscrições para as provas de atletismo ainda não estão fechadas.

    "Resta um raio de esperança para a equipe do Iraque", declarou. "As inscrições seguem abertas até o fim de julho. A suspensão contra o comitê iraquiano poderia ser revogada, com a condição de que o governo do Iraque ponha fim a suas ingerências", disse a fonte.

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