UOL Olimpíadas 2008 Notícias

23/07/2008 - 12h10

Molécula inserida em drogas ilegais ajuda a detectar doping

Das agências internacionais
Em Sydney (AUS)
O presidente da Agência Mundial Antidoping (Wada), John Fahey, revelou nesta quarta-feira sua arma secreta na luta contra o uso de drogas ilegais nos Jogos Olímpicos, em especial a EPO (eritropoeitina), usada para melhorar o desempenho dos atletas.

Trata-se de uma molécula inserida pelos próprios fabricantes em substâncias proibidas com o intuito exclusivo de ser detectada em testes antidoping. O uso oficial da EPO é auxiliar no tratamento da anemia.

A notícia rebate a argumentação de muitos especialistas de que a EPO seria a droga da vez em Pequim. Uma recente investigação da rede britânica BBC revelou que os laboratórios de exames antidoping estavam classificando certos exames positivos como se fossem negativos. A suspeita de corrupção arranhou a reputação da agência internacional.

O exame foi essencial para detectar o uso de EPO pelo ciclista italiano Ricardo Riccó na Volta da França, no início de julho. O teste positivo de Riccó foi confirmado pela agência antidoping francesa, que o considera um triunfo na campanha antidrogas.

"Não posso revelar como ela foi detectada", disse o presidente da Wada, que acrescentou que a agência e o laboratório Roche, responsável pela fabricação da droga, se anteciparam na inserção da molécula para que fosse detectada nos controles de doping nos Jogos Olímpicos.

Por sua vez, Fahey destacou que o trabalho em conjunto com as indústrias do ramo foi o caminho correto para vencer a luta contra o doping no esporte. O presidente disse que Pequim terá os Jogos mais limpos dos últimos anos. "Estamos totalmente comprometidos em descobrir e perseguir os que trapacearem com drogas no esporte", concluiu.

Compartilhe: