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17/07/2008 - 07h11

Bassul considera Érika crucial e vai esperá-la até último segundo

Bruno Doro
Em São Paulo
A seleção brasileira vai esperar pela pivô Érika para os Jogos Olímpicos de Pequim. A jogadora ainda não se recuperou da fratura por stress sofrida em maio, mas o técnico Paulo Bassul já montou o planejamento da equipe para, apenas quando chegar à China, definir se a jogadora estará apta para o torneio olímpico.

Érika sofreu uma fratura por stress na perna direita no dia 28 de maio, perdeu o Pré-Olímpico da Espanha em junho e ainda não voltou a jogar pelo Atlanta Dream, seu time da WNBA. Apenas na semana passada voltou a fazer treinos de impacto leve. Quer voltar a jogar antes do dia 28 de julho, quando será liberada para as Olimpíadas.

"A Érika é crucial, uma jogadora com quem eu conto totalmente e vou ter toda a paciência do mundo com sua recuperação", confirmou o treinador. "Vou ter muita paciência, mas essa paciência vai até quando eu perceber que está afetando o grupo. Quando sentir que a indefinição é ruim, tomo uma decisão. Mas vou esperar o máximo que conseguir", completa.

Esperar por uma atleta se explica com outra indefinição. Além de Érika, o treinador não conta, no treinamento em São Paulo, com Kelly, que também está na WNBA. A pivô está jogando pouco no Seattle Storm e deve chegar sentindo falta de ritmo de jogo às Olimpíadas. Com duas pivôs em ritmo mais lento, ele teme sofrer com o garrafão da seleção.

"Além das duas, eu só tenho a Grazi de pivô de força. Então, é a posição que mais me preocupa hoje", explica o treinador. O temor é não agüentar o tranco contra as gigantes européias. Na primeira fase, por exemplo, o Brasil vai enfrentar Rússia, Letônia e Belarus, todas com jogadoras altas para o garrafão.

"A Mamá até consegue jogar na posição. Mas só contra times mais baixos. Contra as altas, eu preciso dessas jogadoras de mais força", explica o treinador.

O Brasil viaja no dia 24 para a Austrália, para dois amistosos contra as australianas. O último jogo está marcado para o dia 30. Depois, a seleção vai para a China, onde se encontrará com Kelly e Érika. Só então Bassul vai fechar a delegação que entra na Vila Olímpica. A estréia do Brasil será no dia 9, contra a Coréia.

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