UOL Olimpíadas 2008 Notícias

16/07/2008 - 08h27

Baby passa mal, pára no hospital e pode desfalcar seleção

Giancarlo Giampietro
Em Atenas (Grécia)
O pivô Rafael "Baby" Araújo passou mal durante e após a partida contra o Líbano e teve de parar no hospital, na noite desta terça-feira, em Atenas. O jogador teve náuseas e foi atendido por cerca de duas horas. Foi medicado, tomou soro e virou dúvida para o confronto com a Grécia, nesta quarta-feira, pelo Pré-Olímpico.

Reuters
Baby tenta cesta na partida em que a seleção brasileira venceu o Líbano, na terça
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Segundo o médico da seleção, Carlos Andreoli, a suspeita é de que o atleta, poupado do treinamento desta quarta, tenha sido intoxicado por salmonela, bactéria que pode provocar diarréia, febre e cólica abdominal. Se confirmada, a infecção pode durar entre quatro e sete dias e geralmente não requer tratamento.

"Uma coisa que chamou atenção foi que a médica do hospital afirmou que há uma salmonela endêmica", disse Andreoli. Baby, que marcou 16 pontos no confronto no jogo de estréia no Pré-Olímpico de basquete, chegou ao hotel da seleção por volta das 3 h da madrugada.

O time treinou às 11 h da manhã nesta quarta, e o jogador foi poupado das atividades. "A gente resolveu poupá-lo, para descansar. Acho que ele vai estar ponto para jogar", afirmou Andreoli.

A seleção já havia enfrentado um problema com o pivô Tiago Splitter, a três dias do início da competição que dá as últimas três vagas para os Jogos Olímpicos de Pequim-2008. O atleta perdeu um dia de treinamento.

O ala-armador Alex Garcia também teve problemas na terça, mas diz que joga. "O caso do Baby é um pouco mais sério, ele teve de ser hospitalizado. Espero que possa estar bem porque vamos precisar dele. Faz uma semana e meia. A comida é boa, mas às vezes tem de dar uma variada. Independentemente se a comida fez bem ou mal, estamos bem preparados para fazer um bom jogo."

O técnico Moncho Monsalve ficou irritado com a reincidência do caso e pediu alguma solução para a delegação brasileira, preocupado com o serviço de bufê do hotel que recebe todas as equipes do torneio de classificação.

Outro motivo de preocupação foi a demora para o socorro ao pivô brasileiro, que teve de esperar, ao lado de Andreoli, por quase uma hora pela chegada de uma ambulância para levá-lo ao hospital.

Último jogo da rodada de terça, o duelo entre Brasil e Líbano recebeu público ínfimo. Houve praticamente um abandono da organização da competição. Na hora das entrevistas, sem orientação, os atletas brasileiros saíram no corredor reservado para os jornalistas, depois de terem caminhado em primeiro momento para o vestiário da equipe (contrariando norma da Fiba) para uma reunião com o treinador espanhol.

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