UOL Olimpíadas 2008 Notícias

14/07/2008 - 09h00

Após susto, Robenílson e Washington retomam treinos no ringue

Fernando Narazaki
Em São Paulo
Eles ainda não estão totalmente recuperados, mas o peso mosca Robenílson Vieira e o meio-pesado Washington Silva retomam nesta segunda-feira os treinos dentro do ringue para a etapa final de treinos para as Olimpíadas de Pequim.

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Divulgação/CBBoxe
Enquanto dois pugilistas ficaram no Brasil, o peso leve Everton Lopes, o meio-médio ligeiro Myke Carvalho, o mosca ligeiro Paulo Carvalho e o pena Robson Conceição treinaram em Cuba por duas semanas. No país, eles fizeram atividades com as duas principais seleções cubanas e mais uma delegação de Gana. "Vou tudo dentro do previsto e estou bem satisfeito com esta etapa", avaliou o técnico da seleção, Luis Dórea.
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O retorno da dupla coincide com a volta da delegação brasileira de Cuba, onde treinaram por duas semanas com a seleção local e de Gana, mas ainda não há confirmação se os seis representantes do país nos Jogos treinarão juntos nos próximos dias. No momento, Robenílson está na Bahia e Washington, em Santo André, onde deverá ficar a maioria da delegação.

Apesar da volta, Washington Silva admite que ainda não está recuperado da lesão no joelho, que o afastou das viagens para Romênia e Cuba, mas descarta qualquer chance de ficar fora de sua segunda Olimpíada. "Ainda sinto dores, mas é suportável. Não corro risco de perder os Jogos e é com dor mesmo que vai", define.

A experiência amarga de 2004 é a razão de tanta confiança do baiano em relação à sua participação. Às vésperas da viagem para Atenas, o meio-pesado teve uma fratura na mão e lutou contundido na Grécia. O resultadoi foi a eliminação logo na estréia para Ali Ismeyilov, do Azerbaijão, resultado que até hoje atormenta o pugilista.

"Não perdi aquele combate de jeito nenhum. Eu ainda fico louco quando vejo aquela luta", desabafa o atleta de 30 anos, que acredita que a lesão não o atrapalhará em Pequim. "Estou fazendo escola de combate, que já é um esboço de luta. É tão importante para a gente quanto o sparring no ringue. E esta dor não vai me atrapalhar, não está doendo mais tanto e também aquele que não sabe lidar com a dor não se torna um vencedor", diz.

O técnico da seleção, Luis Dórea, é outro que minimiza os problemas enfrentados pelos dois pugilistas. "Eles se recuperaram e agora vão iniciar o trabalho de ringue. O Robenílson teve uma lesão no ouvido, mas já se recuperou. O Washington preocupou mais, mas ele é um guerreiro e ambos estarão em Pequim", assegura.

Certo de sua participação, Washington só lamenta o fato de ficar fora da cerimônia de abertura pela segunda vez. "Minha categoria já luta no dia 9 (um dia após a abertura) e provavelmente estarei no ringue. Mas em Atenas também foi assim. É ruim por um lado, mas também estou lá pela competição. Eu vejo a abertura pela TV e está valendo", explica.

A equipe de boxe treinará no Brasil até 29 de junho. No dia seguinte, os seis pugilistas viajam para a China, onde realizam a parte final do treinamento antes da estréia da modalidade um dia após a cerimônia de abertura.

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