Atual campeã olímpica e vencedora das últimas cinco edições da Liga Mundial de vôlei, a seleção brasileira já se acostumou a conviver com a pressão por resultados. O que ainda precisa ser controlado entre os jogadores é a ansiedade para buscar o ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, com abertura oficial marcada para o dia 8 de agosto.

A análise foi feita pelo técnico Bernardinho, após o primeiro treino do Brasil no Mineirinho, palco das duas partidas contra a França, ainda pela primeira fase da Liga Mundial. As duas seleções se enfrentam sábado e domingo, às 10h.

"Eu sinto a tensão. Alguns estão vivendo a ansiedade maior do que a costumeira. Com a proximidade dos Jogos é natural que aumente, mas é preciso controlar", afirmou o técnico Bernardinho.

Apontado como 'time a ser batido' nas Olimpíadas, o elenco brasileiro busca agora diminuir a margem de erros para manter o alto nível na fase final de preparação. "Muita gente fala que o Brasil é o virtual campeão, mas não é verdade. Hoje temos seleções como Estados Unidos, Rússia e a Bulgária, que estão ali ou um passo à frente", avaliou.

Ainda sem a lista com os 12 jogadores que defenderão o Brasil nos Jogos, Bernardinho espera fazer mais alguns testes antes de fechar o grupo olímpico, mesmo que disputará a fase final da Liga Mundial. A principal dúvida está no meio-de-rede.

"Eder teve suas chances, agora vamos dar a vez para o Rodrigão, que está se recuperando de lesão e precisa ganhar ritmo de jogo", disse o treinador.

O caminho que antecede Pequim inclui as duas últimas rodadas da primeira fase e a etapa final da Liga, que será disputada no Rio de Janeiro entre os dias 23 e 27 de julho. "O peso é tão grande que a gente não consegue tirar o pé do chão. Tem que se policiar para não perder o foco e se fechar cada vez mais."

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