UOL Olimpíadas 2008 Notícias

11/07/2008 - 17h00

Perto da estréia, Moncho faz terapia com reservas para elevar produção

Giancarlo Giampietro
Em Atenas (Grécia)
A seleção brasileira entra na disputa por uma vaga olímpica em quatro dias, e o técnico Moncho Monsalve acredita que o time está pronto para ir à quadra. Ao menos em sua formação titular. O espanhol usa, agora, o período restante para tentar definir a rotação de seu time e o papel dos reservas.

O Torneio de Acrópolis foi usado para dar experiência a esses atletas, e a comissão técnica tirou conclusões distintas a respeito dos substitutos. Ricardo Probst e Rafael "Baby" Araújo não despertam preocupação. Para o restante, as responsabilidades ainda precisam ser definidas.

"Temos de tirar algo melhor dos garotos do banco. Precisamos melhorar a rotação", afirmou o treinador, que pretende conversar bastante com os reservas do time, dentro de quadra para orientações e fora para tentar passar confiança.

"Murilo, Jonathan, Duda, Fúlvio. Temos de falar com eles pessoalmente e melhorá-los. Eles precisam crer que são importantes para o jogo, seja com oito, dez ou 18 minutos. Para nós, é muito importante", disse Monsalve.

Nos amistosos em Atenas, apenas Marcus Vinícius, ex-jogador de garrafão que está em transição integral para a lateral, não foi para a quadra. Ele é visto como um trabalho de longo prazo pelo espanhol. Os demais tiveram oportunidade.

"A idéia era colocá-los em quadra e, neste momento, verificar as possíveis deficiências e ver o que falta para ser corrigido a tempo. É tiro curto, não pode ficar com muito tempo para recuperar alguém, tem de ser rápido", disse o assistente José Neto.

Sem atuar na segunda metade da temporada e apenas treinando, Murilo, que já tem bagagem internacional, sofreu com a inconsistência. Contra a Croácia, foi muito eficiente, com 12 pontos em 15 minutos. No jogo seguinte, na quarta-feira, porém, anotou apenas um ponto e foi dominado pelos pivôs australianos.

Designado como o principal defensor de perímetro dos reservas, Tavernari, estreante, se saiu bem contra o grego Theo Papaloukas na primeira partida. No ataque, o time conta com seus arremessos de longa distância. Seu aproveitamento foi de 30% no quadrangular. Porém, só converteu cestas de três contra a Croácia e passou em branco nos outros dois confrontos.

Fúlvio e Duda, que só têm um Sul-Americano no currículo, terão missões pontuais, para dar descanso aos titulares. "Para eles, não é fácil também, pois não jogam muitos minutos", disse Monsalve. "Mas é importante que estejam confiantes. Nos jogos bem decisivos, todos os momentos são importantes. Com a intensidade de hoje, ninguém vai poder atuar por 40 minutos. Quando eles tiverem de entrar, têm de estar 100% e têm capacidade para isso", completou Neto.

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