O velocista biamputado Oscar Pistorius tentará atingir o índice olímpico para a prova de revezamento 4 x 400 m nesta sexta-feira em Roma. Sua última chance será em Lucerna, na Suíça, na semana que vem. O sul-africano ficou conhecido por correr provas regulares usando próteses de fibra de carbono.

Semana passada, em Milão, na sua primeira tentativa de conseguir o índice para os 400 m, Pistorius fez o tempo de 47s78, insuficiente para ir à Olimpíada. Ele precisa atingir a marca de 45s55 para integrar o time sul-africano de revezamento 4 x 400 m. Seu recorde atual é de 46s33.

O sul-africano sabe que não será fácil: "Acredito que meu tempo será melhor do que Milão. Espero que seja o suficiente para me classificar, mas será muito difícil", conta ele.

O velocista de 21 anos nasceu sem as duas fíbulas, ossos finos que ligam o joelho ao tornozelo. Ele amputou as duas pernas aos 11 meses. Atualmente, ele é dono de recordes mundiais paraolímpicos nos 100 m, 200 m e 400 m.

Pistorius passou praticamente um ano inteiro travando batalhas judiciais para conseguir competir em provas regulares em Pequim. Isto se refletiu em seu desempenho em Milão e pode atrapalhá-lo em suas duas últimas chances.

A IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo) inicialmente negou permissão para que Pistorius competisse. Para muitos, suas próteses lhe davam vantagem em relação aos demais corredores. Negada também pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), Pistorius recorreu e sua participação foi permitida pelo Tribunal de Arbitragem Desportiva.

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