UOL Olimpíadas 2008 Notícias

07/07/2008 - 19h50

"E ainda dizem que temos bons arremessos de três", ironiza Moncho

Giancarlo Giampietro
Em Atenas (Grécia)
O técnico Moncho Monsalve saiu encorajado de quadra com o desempenho da seleção brasileira de basquete, mas não dá para afirmar que a empolgação tenha sido plena. Um quesito estatístico em especial deixou o espanhol ressabiado: o arremesso de três pontos.

Empecilho recente nas últimas temporadas, o tiro de longa distância voltou a ser um problema na derrota para a Grécia, na primeira rodada do Torneio de Acrópolis, em Atenas. As duas seleções usam a competição como preparação para o Pré-Olímpico Mundial masculino.

A equipe dirigida pelo espanhol reagiu no segundo tempo diante dos anfitriões e chegou a flertar com uma surpreendente vitória nos minutos finais, com os reservas em quadra. Uma ou outra bola de três pontos a mais poderia ter feito a diferença.

Os brasileiros terminaram com um péssimo aproveitamento de três pontos - 22%, com apenas cinco chutes convertidos em 22 tentativas. Esse dado ainda piora, e muito, quando comparado com a mira dos oponentes - 52%, com 11 bolas em 21 arremessos.

"E ainda tem gente no Brasil que afirma que temos um bom chute de longa distância", ironizou Monsalve, que viu sua equipe passar o primeiro e o terceiro quarto sem nenhum chute de três.

O ala-pivô Ricardo Probst se revelou como uma arma possível no jogo internacional afastado do garrafão. Ele acertou dois de seus arremessos de três e foi vital na aproximação - e breve virada - brasileira no quarto final. Marcelinho Machado converteu duas em 7 tentativas (28%) e Alex matou uma em três (33%). Duda (três desperdícios), Fúlvio e Jonathan Tavernari (dois cada) e Marcelinho Huertas (um) foram os outros que arriscaram.

Já a Grécia viveu uma grande jornada, especialmente o ala Antonis Fotsis, cestinha da partida com 19 pontos - 12 deles nesse fundamento, tendo errado apenas um arremesso. O escolta Vasilis Spanoulis (16 pontos) acertou as três que tentou.

"É difícil marcar essa jogada deles", afirmou o armador Huertas. "Eles têm um bom equilibro com o jogo interior e exterior, bons infiltradores e acabaram abrindo espaço."

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