A decisão das autoridades do Iate Clube Uruguaio (ICU) de recusar o convite da Federação Internacional de Iatismo para que a windsurfista Gabriela Russo, 36, possa participar da equipe de vela que vai aos Jogos Olímpicos em Pequim gerou polêmica no país e criou um atrito entre a instituição e a atleta.

A direção do ICU solicitou o convite, no mês de abril, à federação internacional para que Russo, que ficou no 31º lugar no Campeonato Mundial na Nova Zelândia, pudesse ir às Olimpíadas. No campeonato só as 28 melhores colocadas ganhariam a vaga.

A windsurfista recebeu apoio econômico do Comitê Olímpico Uruguaio e já havia solicitado um uniforme para ir aos Jogos.

Para a direção do Iate Clube, que mudou nos últimos meses, Russo não teria o nível necessário para participar de uma Olimpíada, e confirmou que recusou o convite. "A direção do Iate Clube Uruguaio, como autoridade máxima da vela no Uruguai, entendeu que a atleta não tem preparo físico adequado para ir aos Jogos Olímpicos", afirmou um dos membros da diretoria, Gustavo Coll.

Russo, que já teria feito um contato com o treinador espanhol Francisco Manchón, respondeu ao desprezo. "Eu mantenho a ilusão de estar nos Jogos de Pequim, porque trabalhei muito duro para representar meu país, e estas atitudes não fazem bem para o esporte uruguaio".

A atleta destacou que se submeteu aos testes físicos de alto rendimento, solicitados pelo Comitê Olímpico Uruguaio, durante sua etapa de preparação e afirmou que "todos foram aprovados".

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