UOL Olimpíadas 2008 Notícias

27/06/2008 - 13h22

Baby tenta ficar pronto para choque físico em Atenas

Giancarlo Giampietro
No Rio de Janeiro
O pivô Rafael "Baby" Araújo sabe que seu jogo depende muito do vigor físico para contribuir para a seleção brasileira de basquete. Por isso, o jogador não perdeu tempo em deixar o Spartak St. Petersburgo antes do final de temporada para passar por artroscopia no joelho e ter tempo de ficar em forma para a disputa do Pré-Olímpico Mundial. Ele quer ficar pronto para executar sua tarefa predileta: o choque com os outros grandalhões.

Fora da seleção desde 2005, o jogador iniciou sua reabilitação no final de maio já com o preparador físico da seleção, Diego Jeleilate, em São Paulo e se apresentou no Rio de Janeiro antes dos demais convocados para iniciar os treinamentos com o grupo secundário, do Sul-Americano.

A dedicação - exaltada pelos técnicos e jogadores do Utah Jazz em seu tempo de NBA - já rendeu bons resultados, como a perda de 4 kg e um condicionamento exemplar. "Para ele, falta só tempo de quadra agora, pois seu ritmo já é maior que o dos outros", disse o preparador, que vê o jogador em sua capacidade máxima de rendimento.

Baby baixa de 100% para "80 ou 90%" em sua avaliação, mas apenas levando em conta a parte técnica nessa queda. Ainda sente um pouco de dor no joelho, "mas só a normal para a volta ao funcionamento ideal". "As duas sessões de treino por dia ajudam bastante para isso e, agora, com o início dos amistosos, devo ficar muito melhor", afirmou o jogador, que no momento está sem clube.

No primeiro duelo com a Venezuela, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, o pivô teve um desempenho que avalizou a confiança de Jeleilate e sua idéia de que ainda falta um pouco em quadra.

Foi capaz de se estabelecer como uma presença no garrafão e intimidou os venezuelanos - chegou a se estranhar com o ala-armador Guevara. Se conseguiu apenas um toco, alterou, contudo, uma série de arremessos.

Ainda apanhou sete rebotes em pouco mais de 14 minutos de jogo. Por outro lado, cometeu três desperdícios de bola e somou apenas dois pontos em uma única tentativa de arremesso, já que o jogo de pés ainda parece um pouco "enferrujado" pela falta de partidas.

De todo modo, com sua disposição e vocação para o contato físico, o atleta deve ser muito útil ao técnico Moncho Monsalve contra um time pesado como o da Grécia, adversário da primeira fase do Pré-Olímpico.

"Minha função, na minha carreira, sempre foi essa. Ajudar na defesa, em corta-luz para os armadores, no rebote, trazer energia", afirmou o jogador. Em resumo: sua função sempre foi a trombada.

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