UOL Olimpíadas 2008 Notícias

11/06/2008 - 15h30

Técnico de Belarus comemora duelo inédito e estuda "Brésil"

Fernanda Brambilla
Em Madri (ESP)
Apesar de não ter terminado em primeiro lugar de seu grupo, devido à derrota para Cuba, a seleção de Belarus está tranqüila. Para o técnico Anatoli Buyalski, o cruzamento das quartas-de-final do Pré-Olímpico de basquete foi muito satisfatório, uma vez que o treinador considera o Brasil um adversário desconhecido, mas menos perigoso do que Espanha.

"Para o nosso time, 'Brésil' é melhor", diz Buyalski em um inglês pouco compreensível. A afirmação tem justificativa. Nos últimos dois encontros de Belarus contra a Espanha, foram duas derrotas. "Meu time muito nervoso quando Espanha à frente", diz, desarticulado, o treinador, que nunca enfrentou o Brasil, que conhece apenas por vídeos e pelo que a seleção apresentou em Madri.

Para Buyalski, mesmo após a vitória sobre as donas da casa, a Espanha é mais temida do que o Brasil, por combinar estilos diferentes de basquete em um mesmo time. "O Brésil é um time mais de força, não é tão veloz como as espanholas, que nos dariam mais trabalho."

Para a estrela do time, Yelena Leuchanka, o Brasil é o franco favorito. "Sabemos da tradição das brasileiras nas Olimpíadas e em Mundiais", diz a jogadora, que mesmo assim acredita que seu time possa se superar em quadra. "Contra um time tão veterano, o importante é relaxar e deixar a coisa acontecer. Estaremos mais fortes mentalmente e descansadas."

Leuchanka lembrou, no entanto, que o preparo físico de suas colegas não é o melhor possível. "Não estamos tão preparadas para essa competição", alerta a jogadora. Do fim do Campeonato Russo, onde nove das 15 jogadoras atuam, inclusive ela, até o início do Pré-Olímpico, foram apenas duas semanas.

"Isso minou a nossa preparação", reclama o treinador bielo-russo, que minimizou inclusive as instruções para enfrentar o Brasil. "Ainda não pensamos nisso, mas vamos ver mais vídeos", diz Buyalski.

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